quinta-feira, 31 de maio de 2007

Filomena Cabeça em Coimbra

A Distribuição Farmacêutica

Um excelente texto do Dr. Paulo Fonseca (candidato à Direcção da Secção Regional de Coimbra) sobre a Distribuição Farmacêutica:

A DISTRIBUIÇÃO FARMACÊUTICA EM PORTUGAL

A distribuição por grosso de medicamentos de uso humano ou distribuição farmacêutica, é a designação que se atribui a um conjunto de empresas que têm uma actividade comercial que consiste no abastecimento, posse ou fornecimento de medicamentos de uso humano ou veterinário destinados à transformação, revenda ou utilização em serviços médicos, unidades de saúde e farmácias, excluindo o fornecimento ao público.

Estas empresas exercem a sua actividade mediante a obtenção de uma Autorização especifica passada pelo INFARMED, Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP, que é o organismo tutelar deste sector e que se encontra sob a responsabilidade do Ministério da Saúde.

No actual sistema de saúde, a distribuição farmacêutica está situada no meio da cadeia do medicamento, ou seja, entre os Laboratórios Farmacêuticos que são detentores das Autorizações de Introdução no Mercado (AIM’s) dos medicamentos e que os produzem, e as Farmácias de Oficina que os dispensam mediante a apresentação pelo utente/doente de uma prescrição médica.

Há cerca de um ano e meio, foi publicado o Decreto-lei Nº 134/2005 de 16 de Agosto que autoriza a dispensa de medicamentos não sujeitos a receita médica em locais devidamente licenciados para o efeito pelo INFARMED, que não as Farmácias de Oficina.

A cadeia do medicamento é totalmente regulamentada pelo Estado, mediante a publicação de vastíssima legislação, que condiciona toda a sua actividade, desde a fixação de preços/margens, até à atribuição de licenças, passando pela fiscalização e inspecção dos locais de fabrico, comercialização ou distribuição de medicamentos.

A distribuição farmacêutica tinha um regime jurídico específico consignado no Decreto-Lei n.º 135/95 de 9 de Junho para os medicamentos de uso humano, que foi entretanto revogado com a recente publicação do Estatuto do Medicamento e o Decreto-Lei n.º 184/97, de 26 de Julho, para os medicamentos de uso veterinário, os quais vieram a obrigar a existência de condições adequadas à recepção, conservação e distribuição de medicamentos, bem como à presença efectiva de um Director Técnico, inscrito na Ordem dos Farmacêuticos e que é responsável por esta actividade.

Importa referir, em particular, que o DL n.º 135/95 de 9 de Junho veio, não só reunir um conjunto disperso de legislação que se encontrava em vigor desde os anos cinquenta e sessenta, como foi o principal responsável pela clarificação e revisão das centenas de Alvarás que existiam no país, a maior parte sem funcionar ou então a funcionar em condições muito deficientes.

Por outro lado, a distribuição farmacêutica viu ser aprovada pelo Estado as “Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos de Uso Humano e Veterinário”, pela Portaria n.º 348/98, de 15 de Junho, que obriga à existência de um sistema de garantia da qualidade dos medicamentos no que se refere à sua distribuição, à semelhança do que acontece com as Boas Práticas de Fabrico na fase de registo e produção.

De facto, com esta regulamentação, a partir de meados dos anos noventa a distribuição farmacêutica assumiu uma postura na cadeia do medicamento de maior responsabilidade, contribuindo de uma forma muito positiva para a melhoria da qualidade do sistema de saúde que se veio a verificar em todo o país nos últimos 10/15 anos, cumprindo, em certa medida, um serviço público de saúde, uma vez que lhe compete aprovisionar, armazenar e distribuir medicamentos às Farmácias de Oficina e demais entidades autorizadas, em boas condições e nas quantidades pretendidas, de modo a satisfazer as necessidades das populações.

É com esta postura profissional, responsável e com competências atribuídas, que a distribuição farmacêutica é hoje considerada uma parceiro fundamental do Estado e demais entidades, na cadeia do medicamento. Este facto está devidamente comprovado com o compromisso da distribuição farmacêutica no cumprimento dos requisitos constantes nos Protocolos sobre o tratamento da toxicodependência com Metadona, o programa de Troca de Seringas, a distribuição gratuita de produtos da Diabetes e a recolha de contentores de resíduos e embalagens de medicamentos no âmbito do sistema implementado pela Valormed.

Por outro lado, nos últimos anos, as empresas de distribuição farmacêutica efectuaram avultados investimentos na construção de novos edifícios, na montagem de sistemas automatizados e na implementação de sistemas de informação, de elevado nível técnico e de performance.

Para se ter uma ideia do que seja o funcionamento diário de uma empresa de distribuição farmacêutica de média dimensão em Portugal, basta referir que, por dia, processa e factura 60.000 linhas, atende 500 chamadas telefónicas e percorre 15.000 km aproximadamente.

Em Portugal, tal como na maior parte dos países europeus, existem empresas de distribuição farmacêutica constituídas sob a forma de sociedades anónimas (de capital português ou estrangeiro), de responsabilidade limitada ou sob a forma de cooperativas de responsabilidade limitada, mas, a tendência dos últimos anos é inequívoca, o mercado da distribuição farmacêutica está a concentrar-se e também neste sector se tem verificado muitas aquisições e fusões entre empresas. Esta tendência é explicada pelo facto de se tratar de um sector que tem margens de negócio muito esmagadas e que ao mesmo tempo se tornou muito competitivo entre si, resultando daqui a necessidade de se prestar um conjunto de serviços de elevada qualidade para poder justificar crescimentos na sua quota de mercado.

Mas a distribuição farmacêutica enfrenta hoje em dia sérios desafios, sendo que alguns deles podem fazer alterar significativamente o modo como hoje funciona a cadeia do medicamento, ou, no limite, pôr em causa a sua actividade enquanto parceiros nos actuais sistemas de saúde.

A verticalização do sector do medicamento é uma séria ameaça para este sector que pode ser mais ou menos potenciada, quanto maior ou menor for a componente liberal de cada Governo ou a maior ou menor tendência para a “americanização” da Europa. No limite, teremos os Laboratórios Farmacêuticos a distribuir medicamentos directamente às populações, tal como já acontece nos Estados Unidos.

Muito recentemente, em Inglaterra, duas das maiores empresas da Indústria Farmacêutica atribuíram a exclusividade da distribuição dos seus medicamentos a uma só empresa de distribuição farmacêutica, neste caso a maior a nível europeu e proprietária de uma grande cadeia de Farmácias. Sabe-se, entretanto, que outros Laboratórios Farmacêuticos se preparam para utilizar a mesma metodologia, tudo em nome da contrafacção de medicamentos que parece estar a aumentar com a abertura dos mercados e, sobretudo, com a Internet.

Outra das grandes preocupações que existe há já alguns anos e que não se vê que possa vir a abrandar, é a exportação paralela de medicamentos para países onde o seu preço seja mais caro que em Portugal. Esta situação é responsável pela ruptura de stocks que permanentemente têm existido no nosso país, penalizando o doente que fica privado de tomar o medicamento de que necessita, para além de ser um elemento que interfere negativamente na relação entre médicos e farmacêuticos.

Em suma, a sociedade de hoje é implacável para com a desatenção dos Governos para as questões que são consideradas de interesse nacional. Isto é válido não só para o sector da distribuição farmacêutica, mas, também, como sabemos, para outras áreas de actividade. A implementação de políticas que sejam de natureza mais liberal e que não têm o cidadão como principal referência, mas sim empresas ou grandes grupos económicos, têm, na sua esmagadora maioria, consequências a médio/longo prazo desastrosas.

Daí que organismos como as Ordens profissionais sejam importantes para alertarem os governantes, a imprensa e os profissionais, para as consequências práticas na implementação de determinadas medidas que, numa primeira análise, possam até ser consideradas válidas. Só deste modo podemos ainda evitar o pior, sendo que aqui o pior, é a perca de identidade própria e da independência profissional.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Mais uma notícia...

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DR

O actual bastonário da Ordem dos Farmacêuticos mostrou-se «profundamente desagradado» com as declarações proferidas pela candidata Irene Silveira, acerca da renovação da carteira

Bastonário dos Farmacêuticos repudia acusações de candidata Irene Silveira

O Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (OF) afirmou-se hoje «desagradavelmente surpreendido» com as críticas da candidata a bastonária Irene Silveira aos moldes da renovação da carteira profissional e à forma como a instituição tem dialogado com o Governo.

«As bases do sistema de qualificação e formação para a renovação da carteira profissional foram traçadas durante a direcção da qual a professora Irene Silveira fazia parte. E nos últimos seis anos foram realizadas dezenas de reuniões e nunca a vi levantar objecções», lembrou Aranda da Silva, em declarações à Agência Lusa.

O actual Bastonário afirmou-se ainda «chocado» com as afirmações da professora catedrática durante o seu discurso de apresentação oficial da candidatura, uma vez que em Dezembro último, na qualidade de presidente da Assembleia Geral da OF, Irene Silveira propôs um «voto de apreço pela tenacidade e pela forma como o bastonário estava a reagir aos acontecimentos».

Na segunda-feira, Irene Silveira defendeu a reformulação do actual sistema de renovação da carteira profissional para haver também uma valorização da experiência diária integrada no acto farmacêutico, discordando «em absoluto», do modo como se revalida a carteira profissional.

Segundo a candidata, a ideia inicial tem sido «adulterada nos seus princípios e na forma de obtenção de créditos, favorecendo negócios e criando entraves a uma verdadeira política de formação.»

«Somos todos licenciados por uma universidade acreditada pela OF, que nos habilitou a exercer a nossa profissão e não é sério nem credível impedir que um profissional competente seja impedido de desempenhar as suas funções pelo simples facto de não ter pago uma das inúmeras sessões de formação, que pouco acrescentam em valor à real actualização do conhecimento», acusou.

As eleições para a direcção da OF decorrerão a 21 de Junho, sendo o cargo de Bastonário disputada por Irene Silveira e Filomena Cabeça.

Esta lamentável notícia também foi publicada no Primeiro de Janeiro e no Sol.

Site oficial

Já está on-line o site oficial da candidatura, em
www.filomenacabeca.com

A revalidação da carteira profissional

Texto do Dr. Joaquim Fausto, membro da lista candidata à Direcção Nacional (Lista A):

Revalidação da carteira profissional

A sociedade em que vivemos caracteriza-se pela intensa competição que os diversos actores estabeleceram entre si. As necessidades da população, o seu nível de informação, a procura do desenvolvimento económico e a evolução do sistema de ensino esbateram fronteiras e criaram zonas de sobreposição dos espaços próprios de cada área de intervenção, pelo que a estabilidade que anteriormente cada profissão usufruía foi posta em causa.

Neste ambiente competitivo, uma profissão sobressai de duas formas:

-Pela transcendência da sua actuação.

-Pelo valor que cria para a sua intervenção.

Acreditamos que a profissão farmacêutica se enquadra no grupo da segunda forma.

Para que tal aconteça, a profissão necessita que uma robusta formação de base dê acesso à profissão (daí o processo de acreditação das licenciaturas e de exame de acesso à Ordem) e de uma evolução contínua que a projecte para o futuro e lhe garanta o espaço e a importância que queremos.

O processo de revalidação é como tal, um processo inovador e estratégico par a profissão.

É um processo estratégico por várias ordens de razões:

Em primeiro lugar, porque ‘nos empurra’ para cima. Tem um efeito ‘push’ ao nível da qualificação pós-graduada, não deixando tal desígnio condicionar-se por factores de natureza individual.

Em segundo lugar, porque nos ‘empurra’ para fora. Transmitimos a imagem de uma profissão quer evoluir, que quer marcar o futuro e que devem contar com ela.

Por último, mas não menos importante, garantimos equidade. Os membros devem ter as mesmas oportunidades para evoluir e um processo como o da revalidação da carteira profissional garante que os diversos parceiros se alinham e criem essas oportunidades. Particular relevância para a abertura das entidades empregadoras à formação dos farmacêuticos que têm aos seu serviço.

O processo em curso é complexo, mas começou bem. Os indicadores dos dois primeiros grupos são muitos positivos e demonstram que o formato desenvolvido possui as características correctas.

Em primeiro lugar, é um processo inclusivo. A intenção foi a de permitir que todas as áreas da profissão farmacêutica pudessem revalidar a sua carteira profissional. As actividades referenciadas e a relação de medida para creditação parecem-nos as correctas, privilegiando a pratica corrente da maioria dos colegas e procurando estimular a participação inicial no processo novo, onde naturais resistências sempre se erguem.

Em segundo lugar, é um processo adulto, que conta com a transparência e a idoneidade profissional dos farmacêuticos e em que auditorias pedagógicas serão efectuadas em devido tempo.

Por último, é um processo simples em que o membro apenas tem que registar as actividades que faz para evoluir na sua actividade.

Temos a noção que o processo tem que evoluir.

Precisamos de comunicar melhor. As questões que os membros nos têm colocado apontam para dúvidas processuais que uma melhor informação facilmente resolverá.

Após uma avaliação cuidada, necessitamos solucionar os casos de determinadas franjas de farmacêuticos, que pela sua idade ou pela sua saúde se apresentam mais complexos. As propostas serão apresentadas aos membros, para que sejam devida e serenamente discutidas e integradas nos regulamentos respectivos.

Na área da formação teremos que efectuar a transição da creditação de iniciativas para a acreditação de instituições de formação, pela credibilidade do processo e pela eficiência que gera na gestão do processo.

Finalmente, o CQA atingirá a sua maioridade, já que pela primeira vez não integrará um membro da Direcção como aconteceu na fase de lançamento. Estamos convictos que será um voto de confiança e de responsabilidade a um órgão estatutário, de nomeação pelo Bastonário, com o qual o processo ganhará um novo élan.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Discurso de apresentação da candidatura de Filomena Cabeça

Caros Colegas,

Apresentar esta candidatura aos corpos sociais da Ordem dos Farmacêuticos é um acto de coerência, de credibilidade e de mobilização.

Com a coerência de quem conhece profundamente os dilemas e desafios da profissão, sentindo a relevância da constituição de uma equipa sólida e representativa da diversidade da profissão, que espelhe a determinação na liderança dos profissionais em relação ao seu próprio futuro.

Com a credibilidade de apresentar propostas concretas, emanadas da identificação de necessidades próprias da profissão, e com rumo claro e ambicioso para o futuro.

Com uma aposta na mobilização permanente de todos os farmacêuticos em torno da sua entidade representativa e que dela exijam uma interacção positiva para a evolução da profissão, da saúde dos cidadãos e do país.

Em suma…. Com “uma “Ordem para intervir”!

Somos uma equipa de farmacêuticos, dinâmicos, capazes e motivados, que interpretam as necessidades, as preocupações e as ambições da profissão.

Temos a experiência acumulada ao longo de vários anos como dirigentes associativos em várias áreas da profissão farmacêutica, que combinamos com juventude, sentido de inovação e vontade de intervenção.

Mantemos vivo um espírito irreverente de que é possível fazer melhor e de que somos capazes de fazer melhor.

Desenvolvemos a nossa actividade profissional em áreas concretas da profissão farmacêutica, com carreiras sólidas, feitas de empenho, solidariedade, espírito de equipa e desenvolvimento contínuo, o que nos dá um respeito enorme por todos os que de forma anónima e desinteressada elevam bem alto a imagem do farmacêutico

Temos um visão clara do deve ser a profissão farmacêutica e queremos partilha-la com todos.

Acreditamos que com propostas e projectos claros, de farmacêuticos para farmacêuticos, baseados na proximidade e interactividade entre representantes e representados, envolveremos a diversidade da profissão e criaremos sinergias que suportarão o futuro da nossa profissão.

Para a Presidência da Mesa da Assembleia Geral, o Senhor Professor Doutor Sousa Lobo da Faculdade de Farmácia do Porto aceitou liderar uma equipa onde contamos ainda com dois experientes farmacêuticos na área da farmácia comunitária e da farmácia hospitalar; O Dr. Pedro Cruz e o Dr. Armando Cerezzo respectivamente.

Como vogais para a Direcção Nacional conto com o Dr. Joaquim Fausto, a Drª. Helena Martinho e o Dr. Carlos Cardoso.

O Dr. Joaquim Fausto, do Porto, entendeu acompanhar-me neste projecto, já que é actualmente meu colega na actual Direcção. O Dr. Joaquim Fausto desempenha funções de administração na distribuição grossista, tendo sido o responsável neste mandato pelo processo qualificação e admissão, sendo o presidente do respectivo conselho. É ainda responsável pelo pelouro do marketing farmacêutico, tendo instituído o respectivo Grupo Profissional.

A Drª. Helena Martinho, de Almeirim, acedeu ao meu convite para integrar esta lista trazendo o seu aporte de farmacêutica comunitária com uma visão abrangente, virada para a sociedade, muito próxima do modelo de exercício profissional que defendemos. A Drª. Helena Martinho possui ainda uma enorme experiência associativa sendo a actual presidente do Grupo Profissional de farmácia de oficina.

O Dr. Carlos Cardoso é especialista em análises clínicas, sendo director Técnico de um reputado laboratório e que traz a esta equipa uma vasta experiência associativa, já que é também membro da actual direcção da Secção Regional de Lisboa.

Uma direcção da Ordem dos Farmacêuticos completa-se com a eleição das Direcções das diversas Secções Regionais, já que o respectivo Presidente tem assento por inerência neste órgão nacional.

Nesse sentido, contamos e apoiamos a eleição das candidaturas dos seguintes colegas para completar uma equipa dedicada à representação capaz da nossa profissão:

Para a Secção Regional de Lisboa, o Dr. António Marques da Costa, também do sector da distribuição grossista em Lisboa.

Candidatando-se a um segundo mandato, o Dr. António Marques da Costa e a sua equipa com uma vasta experiência de intervenção profissional e política garantem a estabilidade e o desenvolvimento da Secção Regional de Lisboa, transmitindo-nos os valores de uma liderança segura, sustentada na vivência e no conhecimento profundo das diversas áreas profissionais. O Dr. António Marques da Costa manterá a articulação fundamental para a concretização da nova sede nacional e regional em Lisboa

Para a Secção Regional de Coimbra, o Prof. Doutor Francisco Batel Marques da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

A personalidade forte, a visão estratégica e a competência científica são atributos por demais conhecidos no Prof. Francisco Batel que constituiu uma nova equipa regional de colegas com motivação à altura dos grandes desafios que a profissão vai enfrentar.

Com o Professor Batel Marques, a Secção Regional de Coimbra entrará numa nova fase da sua vivência e a Direcção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos ganha um novo fôlego no capítulo estratégico e na sustentabilidade das suas posições

Finalmente, para a Secção Regional do Porto contamos e apoiamos a eleição do Dr. José Mingocho, um distinto membro da nossa farmácia comunitária.

Ao liderar uma equipa renovada que espelha a representatividade das várias áreas da profissão farmacêutica e mantendo a abordagem independente do seu primeiro mandato, o Dr. José Mingocho detém o empenho genuíno de um jovem farmacêutico que vive a profissão de forma intensa. O Dr. Mingocho tem um projecto sério de desenvolvimento e de abertura aos membros da Secção Regional do Porto que gostaríamos ver concretizado.

Os órgãos nacionais completar-se-ão com o Conselho Jurisdicional Nacional, para o qual o colega Fernando Miranda da farmácia comunitária de Évora se disponibilizou a integrar novamente este órgão e ao qual se junta o colega José Joaquim Roque Diamantino, também da área da farmácia comunitária do Fundão e uma jovem colega das análises clínicas do Porto, a Drª. Ana Maria Crispim.

Considero pois que constituímos uma equipa forte, que traz a experiência dos vários sectores da profissão, para além de ser uma verdadeira equipa nacional, capaz de nos trazer a sensibilidade, as necessidades, os problemas e as propostas de solução para os doentes e para os farmacêuticos de todos os pontos do país.

Esta mesma equipa definiu oito objectivos estratégicos para o seu mandato de 2007-2010, se para tal for eleita e que constituem a base do manifesto eleitoral que agora vos foi presente:

Em primeiro lugar, a procura e estabelecimento de um verdadeiro espírito de grupo. A construção de uma sólida COESÃO PROFISSIONAL.

Assente na solidez científica e no dinamismo dos farmacêuticos, a diversidade de intervenções profissionais constitui um dos maiores activos da nossa profissão. Como nenhuma outra profissão da saúde, os farmacêuticos intervêm em múltiplos sectores e desempenham actividades altamente diferenciadas. São notórios os espaços de afirmação profissional dos farmacêuticos, como na vanguarda da farmácia comunitária, na diferenciação em análises clínicas, na modernidade da distribuição farmacêutica, na racionalidade da prestação hospitalar, na qualidade do medicamento, na perícia regulamentar, na investigação científica e tecnológica, na excelência do ensino universitário e no desempenho analítico (bromatológico, hidrológico e toxicológico).

Esta candidatura elege como uma das suas principais áreas de intervenção a promoção e reforço da coesão de todos os farmacêuticos e o desenvolvimento de iniciativas concretas através de “eixos de coesão” entre farmacêuticos das diversas áreas de actividade.

Em segundo lugar, uma regulamentação profissional que enquadre novas respostas e novos desafios. Um novo EXERCÍCIO FARMACÊUTICO.

A evolução farmacêutica tem, na sua matriz de intervenção, uma assinalável capacidade de adaptação aos novos desafios e exigências que a sociedade e o conhecimento científico lhe exigem. Coerentemente, existe uma permanente necessidade de adaptação da regulamentação profissional. Dando continuidade à reflexão já produzida pela Ordem dos Farmacêuticos, importa contextualizar e redefinir as intervenções dos farmacêuticos no seu papel social, valorizando a competência e exclusividade do Acto Farmacêutico, concretizando um novo modelo de intervenção profissional, nomeadamente na farmácia comunitária.

Em terceiro lugar, uma verdadeira e pró-activa REGULAÇÃO PROFISSIONAL.

Exercendo a tutela jurisdicional da profissão farmacêutica, a Ordem dos Farmacêuticos deve assumir uma intervenção pró-activa no âmbito da sua intervenção disciplinar e promotora de uma melhoria contínuo do respeito ético e deontológico dos profissionais que representa. Apenas através da correcta e ponderada sanção de situações e comportamentos indiciadores de má prática profissional, se assegura uma efectiva salvaguarda da idoneidade e confiança dos farmacêuticos perante a sociedade. Queremos promover também, de forma pedagógica e preventiva, a observância dos preceitos éticos e deontológicos é, para além de obrigação legal da Ordem dos Farmacêuticos, um imperativo vital para assegurar a independência profissional dos farmacêuticos.

Em quarto lugar, a conquista de uma verdadeira NOTORIEDADE FARMACÊUTICA.

Uma profissão dinâmica, e com contributos relevantes para a sociedade, alcança notoriedade e prestigio junto dos cidadãos. Neste contexto, é inegável que a profissão farmacêutica continua (felizmente) com destaque positivo pelos cidadãos e com destacada superioridade de avaliação em relação a qualquer outra profissão da saúde. Continuar a valorizar o farmacêutico como o profissional de saúde que gera valor social e obtenha o reconhecimento público de confiança e de qualidade na sua intervenção é objecto relevante para a Ordem dos Farmacêuticos.

Em quinto lugar, queremos uma OF COMO PARTE DA SOCIEDADE.

A forma como a Ordem dos Farmacêuticos interage e se apresenta junto de órgãos de soberania, decisores políticos, media, líderes de opinião, instituições do sector, parceiros da saúde, doentes e população em geral é determinante para aceitação e credibilidade de propostas e medidas defendidas pela profissão farmacêutica. A sociedade mediatizada é, naturalmente, um espaço de afirmação essencial, cujas estreitas janelas de oportunidade e relevância, devem ser consideradas para uma comunicação que estabeleça uma referência positiva e duradoura face ao imediatismo e instantaneidade que cada vez mais caracterizam a sociedade global.

Em sexto lugar, queremos levar a efeito REPRESENTAÇÃO PROFISSIONAL credível, com posições coerentes, estrategicamente fundamentadas e tecnicamente sustentadas.

A Ordem dos Farmacêuticos é, actualmente, parte activa em múltiplas iniciativas em curso no âmbito da saúde. A representação integral dos farmacêuticos exige presença credível ao nível de diversas comissões e grupos de trabalho oficiais (Plano Nacional de Saúde e Ministério da Saúde, Comissões e Grupos de Trabalho no Infarmed, Comissões de Verificação Técnica de laboratórios de análises clínicas, comissões sectoriais do Instituto Português da Qualidade e do Instituto Português de Acreditação, até à representação inter-profissões regulamentadas. Assegurar a presença activa e empenhada dos farmacêuticos nas diversas comissões e grupos de trabalho constitui-se num relevante instrumento de participação e influência positiva da profissão na concepção, implementação, desenvolvimento e avaliação de intervenções em saúde no nosso país.

Por outro lado, no plano internacional, a Ordem dos Farmacêuticos é chamada a assumir a representação dos farmacêuticos portugueses em organizações e fóruns que, no plano europeu e mundial, pugnam pela afirmação da profissão farmacêutica.

Em sétimo lugar, a DIFERENCIAÇÃO PROFISSIONAL como vector estratégico, elemento mobilizador e espelho da intervenção do farmacêutico.

A profissão farmacêutica é, sem complexos, pioneira e exemplo no âmbito da transparência e responsabilidade com que demonstra a sua qualificação perante a sociedade. De facto, e por mote dos próprios farmacêuticos, a profissão apresenta hoje garantias acrescidas para o reforço da confiança dos cidadãos em relação à qualidade, rigor e competência dos farmacêuticos portugueses. Desde a concepção, desenvolvimento e implementação da Revalidação da Carteira Profissional, passando pela Acreditação de Licenciaturas em Ciências Farmacêuticas e até à política de promoção da Qualidade, a profissão farmacêutica pode orgulhar-se de ser destacada pioneira nacional, e mesmo internacional, em relação a iniciativas estratégicas e cuja mais-valia começa a despertar neste momento diversas intervenções noutras profissões e actividades da sociedade. Contudo, o inteiro mérito destes patamares de excelência é devido a todos os farmacêuticos que, trocando o comodismo pelo empenho individual e colectivo, podem demonstrar um rumo consistente e relevante, embora não isento de dificuldades e necessidades permanentes de melhoria. Os milhares de farmacêuticos portugueses envolvidos nestes projectos diferenciados são a prova de resiliência e dinamismo da nossa profissão, cuja evolução e adaptação merecem um adequado reconhecimento e valorização do esforço desenvolvido. Do mesmo modo, novos desafios exigem uma estratégia definida em relação a especializações e competências farmacêuticas e que, deste modo, alinhem as necessidades e respostas da profissão.

Por último, uma clara aposta na JUVENTUDE FARMACÊUTICA.

A profissão farmacêutica apresenta uma notável renovação de gerações e um acentuado incremento do número de profissionais através dos jovens recém-licenciados. A garantia de vitalidade e dinâmica da profissão passa pela sua capacidade de integrar e valorizar a energia e inovação das gerações mais recentes no seio do contributo sólido e experiência de todos os profissionais.

Apostar nos jovens farmacêuticos é assim determinante para uma estratégia de visão e futuro da profissão onde estes serão os farmacêuticos do amanhã.

Estes são, desde já, princípios e principais propostas sobre as quais assenta esta candidatura. Registámos desafios e apresentámos as primeiras propostas para a profissão farmacêutica.

Contudo, e para finalizar este primeiro propósito eleitoral, gostaria de vos falar sobre um dos projectos mais ambiciosos que pretendemos desenvolver ao longo do próximo triénio.

Preparar o futuro da profissão exige capacidade de prever, planear e desenvolver respostas consistentes. Deste modo, como compromisso e contributo desta candidatura, pretendemos desenvolver uma análise consistente da profissão com a amplitude de uma década: o projecto “farmacêuticos 2020”, através de uma linha coerente de reflexão, e estudos prospectivos, sobre a evolução e metas a estabelecer ao longo da década seguinte ao término do mandato 2007-2010.

Esta é uma súmula do vasto conjunto de propostas que esta equipa já reuniu e que, de forma estruturada e detalhada, apresentará no seu programa eleitoral.

Este é o primeiro de muitos testemunhos e compromissos que claramente estabeleceremos com os farmacêuticos portugueses no próximo mandato.

Contamos com todos, porque todos contarão connosco num momento em que é chegada a hora de “ uma Ordem para intervir”.

Filomena Cabeça

Apresentação da Candidatura

Hoje, às 11 horas, na sede da Ordem dos Farmacêuticos, em Lisboa, será apresentada a candidatura da lista A, liderada por Filomena Cabeça.
Ordem para intervir!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

O debate - round 1

Ainda este blogue estava a acabar de nascer, já o NM, do Núcleo Duro de Farmácia, abria as hostilidades com uma poderosa agenda de temas suculentos (que também já foram alvo de acesa troca de ideias no Núcleo Duro). Por uma questão de organização do debate, comecemos pelo ponto 1:

1. Modelo funcional da farmácia comunitária: mudança da centralidade do paradigma: do produto para o serviço.

...sobre o qual deixo naturalmente a minha opinião (pessoal), que em tempos também coloquei no Núcleo Duro:

A Farmácia do futuro inevitavelmente venderá mais serviços que produtos. Aliás, será a qualidade dos serviços que determinará o sucesso comercial de qualquer farmácia, pois em relação aos produtos as diferenças são praticamente nulas.
Esta questão remete-nos para uma outra bastante mais estimulante: deverá a farmácia comunitária portuguesa evoluir para uma situação de pagamento por acto farmacêutico? Na minha opinião, e falando apenas no campo teórico, esta é uma opção sedutora, pois enobrece o acto da dispensa em detrimento do produto vendido. Funcionando desta forma, as farmácias seriam pagas pelo serviço e não pelo produto. No entanto, há aqui importantes questões técnicas cuja resolução poderia não ser simples (quem suportaria os custos logísticos, de armazenagem e distribuição e de que forma é que estes seriam facturados?). Penso que a OF deveria estudar seriamente (e em colaboração com a ANF) esta questão. Nunca a discussão poderá chegar ao Ministério da Saúde ou ao Infarmed sem os farmacêuticos terem as ideias devidamente organizadas sobre esta matéria. A OF e a ANF deveriam desenvolver os maiores esforços para tornar esta possibilidade exequível. O pagamento por acto farmacêutico acabaria com muitos dos argumentos que se têm ouvido nos últimos tempos e seria uma boa forma de afirmação dos farmacêuticos. Independentemente desta questão, a mudança da centralidade do paradigma na direcção dos serviços deve ser um objectivo do próximo Bastonário. As farmácias devem deixar de vez os brinquedos, corta-unhas, cãezinhos de porcelana e sei lá mais o quê e centrarem a sua actividade nos programas de cuidados farmacêuticos e no acto de cedência de medicamentos. Esta é uma evolução que não se fará pacificamente, mas é absolutamente inevitável. Sob pena de no futuro passar-mos todos a ser técnicos de farmácia licenciados.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Notícia do Destak

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Pela primeira vez, Ordem dos Farmacêuticos será liderada por uma mulher

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) será pela primeira vez liderada por uma mulher, na sequência das candidaturas formalizadas por Irene Silveira e Filomena Cabeça para as eleições de Junho.

Filomena Cabeça é membro da actual direcção nacional da Ordem, liderada por Aranda da Silva, e responsável pela Farmácia do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha.

Irene Silveira é professora catedrática da faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e presidente do Conselho Científico da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, tendo recentemente ocupado o cargo de presidente da Assembleia-Geral da OF.

Filomena Cabeça considerou positiva a existência de duas candidaturas e garantiu que não se trata de uma «divisão, mas um sinal do dinamismo da classe, que quer dar o seu melhor».

Cabeça referiu estar com os olhos postos no futuro, liderando uma «equipa de continuidade, no sentido de querer continuar em frente o caminho do desenvolvimento».

Por seu lado, para Irene Silveira, a pluralidade de listas permite aos farmacêuticos escolher quem melhor os represente, depois de análise de perfis, experiências profissionais e capacidade de liderança.

«Renovar a Ordem com ideia e acções» é o objectivo principal desta candidata, que afirma estar completamente disponível para o cargo e garante que sua candidatura «não é de continuidade».

Irene Silveira aposta numa atitude dialogante em que um diálogo «franco e aberto» acontecerá a nível institucional, porque a «Ordem não pode continuar à parte do que se passa e deve sempre ter uma atitude pró-activa».

Uma lista com muitas Cabeças

Quando me convidaram para fazer parte das listas da candidatura de Filomena Cabeça a Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, aceitei na hora.
De facto, a proposta era irrecusável: o convite partiu do Prof. Batel Marques, simultaneamente um dos farmacêuticos tecnicamente mais fortes que conheço e alguém com quem partilho muitas ideias relativamente ao exercício da profissão.
A candidata a Bastonária era alguém que, embora não conhecesse tão bem como o Prof. Batel, goza de grande prestígio e consideração na profissão, para além de ter um percurso profissional extremamente consistente e um conjunto de ideias certeiras sobre os desafios que a OF se prepara para enfrentar: moderada quando deve ser moderada, acutilante quando é preciso, mas sobretudo com a grandeza e nobreza de discurso que o cargo de Bastonária (tal como qualquer posição de liderança) inevitavelmente exige. Filomena Cabeça tem sido uma agradável surpresa e estou certo que será uma excelente Bastonária.
Tive, no entanto, mais algumas surpresas: as listas são extremamente pluralistas e estão pejadas de farmacêuticos de renome (eu serei uma das raras excepções...), provenientes das mais diversas áreas profissionais. Ao contrário do que se poderia temer perante peixes tão graúdos, há um enorme entusiasmo à volta da candidatura, com vários exemplos de pessoas que têm trabalhado freneticamente, usando e abusando do tempo que não têm
Ainda agora começou, mas sinceramente acho que já valeu a pena!

As letras das listas

No acto eleitoral, as nossas listas serão identificadas do seguinte modo:

- Direcção Nacional: Lista A, liderada por Filomena Cabeça;
- Secção Regional de Coimbra: Lista E, liderada por Francisco Batel Marques;
- Secção Regional de Lisboa: Lista I, liderada por António Marques da Costa;
- Secção Regional do Porto: Lista N, liderada por José Mingocho.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Aviso à navegação

Cumpridas as inevitáveis formalidades de apresentação da lista e organização do layout deste blogue, entraremos na segunda fase de funcionamento deste espaço, ou seja, vamos passar ao debate de ideias, puro e duro.
Lanço desde já um apelo à participação de todos, apoiantes, indecisos e adversários eleitorais, para que se faça o debate de que a classe farmacêutica tanto precisa neste momento tão importante.
As opiniões dos autores deste blogue não serão necessariamente as da candidata a Bastonária, pois este espaço funcionará de forma autónoma, em roda livre e ao sabor das convicções de cada um e dos calores dos debates que entretanto seguramente surgirão. No entanto, todos os que aqui escrevem (excepto, naturalmente, os comentadores) são claramente apoiantes da candidatura de Filomena Cabeça e, como tal, têm opiniões convergentes e tendenciosas sobre o acto eleitoral que se aproxima.
Numa primeira fase, e como medida de amplificação do alcance democrático deste blogue, não haverá qualquer tipo de restrições à colocação de comentários, pois acreditamos que é possível travar um debate com civismo e moderação.
Vamos a isto!

Lista candidata à Secção Regional do Porto

ASSEMBLEIA GERAL REGIONAL

Presidente: Maria Clara Pereira Sá Miranda (Investigadora IBMC - Porto)

1º Secretário: Maria Cláudia Sousa F. Cunha Mota (Farmácia de Oficina – Braga)

2º Secretário: Gustavo José Lima Rosa dos Santos Vidal (Distribuição Grossista – Braga)

DIRECÇÃO REGIONAL

Presidente: José Alberto Mingocho Pinto Correia (Farmácia de Oficina – Espinho)

João Alberto Castro Correia da Silva (Farmácia de Oficina – Porto)

José Augusto Castro Silveira Ferreira (Distribuição Grossista – Porto)

Pedro Manuel Lourenço Campos (Farmácia Hospitalar – Matosinhos)

Mary Conception Fecha Duro (Análises Clínicas – Porto)

CONSELHO JURISDICIONAL REGIONAL

Presidente: Maria Elisa de Barbosa Sousa Monteiro (Farmácia Hospitalar – Porto)

Emília Rosa da Silva Patrício (Análises Clínicas – Porto)

Alexandra Maria Nobre Moreira (Farmácia de Oficina – Porto)

CONSELHO FISCAL REGIONAL

Presidente: Joaquim Filipe Teixeira dos Santos Cigarro (Distribuição Grossista – Aveiro)

João Jorge Castro Barbosa (Farmácia de Oficina – Caldas de Arêgos)

Miguel Ângelo dos Santos Silva Soares (Farmácia Oficina – Vila do Conde)

Lista candidata à Secção Regional de Coimbra

MESA DA AG
Maria Margarida Duarte Caramona
Rute Salvador
Paulo João Soares

DIRECÇÃO
Francisco Jorge Batel Marques
Angelina Martins
Ana Constança Senos Picado
Mafalda Beatriz Godinho Tomás
Paulo António Seco Moreira da Fonseca

CONSELHO FISCAL
Humberto Gameiro
César Pinho
Vladimiro Silva

CONSELHO JURISDICIONAL
Amílcar Falcão
Natália Valinha
José Feio

Lista candidata à Secção Regional de Lisboa

ASSEMBLEIA GERAL REGIONAL

Presidente: Francisco Guerreiro Gomes (Farmácia Comunitária Lisboa)

1º Secretário: Artur Guevara Fialho (Distr. Grossista – Lisboa)

2º Secretário: Maria da Graça Pardelhas Almeida Brazão Santos– (Farmácia Hospitalar - Lisboa)

DIRECÇÃO REGIONAL

António José Teixeira Marques da Costa (Distr. Grossista – Lisboa)

João Alves (Farmácia Hospitalar - Lisboa)

João Cristóvão Martins ((Distr. Grossista – Lisboa)

Maria Gabriela Onofre Lopes Moura Plácido - (Farmácia Comunitária - Lisboa)

Maria Júlia Gabriel Caramujo (Análises Clínicas - Lisboa)

CONSELHO JURISDICIONAL REGIONAL

Maria Eugénia Trindade Santiago Aranda da Silva (Farmácia Comunitária – Mira Sintra)

Ana Cristina Santos Moreira (Análises Clínicas – Caldas da Rainha)

Ana Paula Marques Esteves Santos Amorim (Regulamentação Farmacêutica – Lisboa)

CONSELHO FISCAL REGIONAL

Francisco Castro (Industria Farmacêutica - Lisboa)

Carminda Martins (Farmácia Hospitalar - Faro)

Henrique Santos (Farmácia Comunitária - Pontinha)

A lista candidata aos órgãos nacionais

ASSEMBLEIA GERAL NACIONAL

Presidente: José Sousa Lobo (Professor F.F.U.P - Porto)

1º Secretário: Pedro Cruz (Farmácia Comunitária – Figueira da Foz)

2º Secretário: Armando Cerezo (Farmácia Hospitalar - Lisboa)

BASTONÁRIO

Maria Filomena Leal Cabeça (Farmácia Hospitalar – Caldas da Rainha)


VOGAIS DA DIRECÇÃO NACIONAL

Carlos Cardoso (Analises Clínicas – Lisboa)

Helena Maria Martins Cláudio (Farmácia Comunitária – Almeirim)

Joaquim Fausto Domingos Almeida Ferreira (Distribuição Grossista - Porto)

CONSELHO JURISDICIONAL NACIONAL

Ana Maria Crispim (Analises Clínicas – Porto)

José Joaquim Roque Diamantino ( Farmácia Comunitária – Fundão)

Fernando Aires Miranda (Farmácia Comunitária- Évora)

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Sondagem on line

Está a decorrer no portal farmacia.com.pt a primeira sondagem on line sobre as próximas edições para BOF.
Que a vitória vá para quem a mereça... ou seja, para a candidata Filomena Cabeça!

Entrevista de Filomena Cabeça ao site farmacia.com.pt

Filomena Cabeça: “Um projecto com determinação e garra, baseado na inovação”
Publicado: sexta-feira, 18 de Maio de 2007 - 00:53


No último dia para apresentação de candidaturas ao cargo de Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, falámos com a Dr.ª Maria Filomena Leal Cabeça, a primeira candidata assumida, que se compromete a defender “a proximidade, a confiança, a qualidade e o papel insubstituível do farmacêutico”.

Numa curta apresentação, a Dr.ª Maria Filomena Leal Cabeça, 49 anos, licenciada em 1981 pela faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, membro da actual Direcção Nacional da Ordem, onde desempenha funções há 12 anos, responsável pela Farmácia do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha, mostra-se uma pessoa entusiasmada, lutadora, carismática e com bastante sentido de humor.

Que características devem caracterizar o bastonário da OF? E quais são os seus principais objectivos?
Na minha candidatura à representação dos farmacêuticos julgo reunir algumas das características que a OF necessita. Desde logo um percurso profissional envolvido e empenhado com os problemas do dia-a-dia da intervenção farmacêutica. Por outro lado com um forte conhecimento dos principais temas e desafios que se colocam à profissão. Para tal, conto ainda com uma equipa extremamente qualificada e com a competência exigível para representar os farmacêuticos portugueses. Por último, um projecto com determinação e garra, baseado na inovação e na procura de soluções concretas para a nossa profissão.

O actual bastonário, tem sido alvo frequente de críticas e acusações. Necessitamos de alguém que tenha o respeito dos farmacêuticos e dos outros profissionais. No seu entender, a que se devem estas críticas?
A crítica, quando fundamentada, é um precioso instrumento para quem tem de assumir a representação de outros. Em relação à intervenção da OF tenho registado muitas críticas e poucas soluções. É fácil produzir discursos responsabilizadores quando estamos sentados num sofá a assistir… Os últimos tempos têm sido momentos de muita tensão para toda a profissão e a OF tem demonstrado grande capacidade de resiliência perante um cenário adverso e de contestação às mais valias da intervenção farmacêutica. Contudo, a intervenção séria e fundamentada da OF já recolhe hoje uma maior visibilidade e compreensão. Apesar das dificuldades, a OF é tida como uma entidade credível e com propostas válidas para o sistema de saúde, sendo interlocutor auscultado pelos diversos decisores políticos.
Os momentos difíceis exigem-nos maior ponderação e a manutenção da “cabeça fria” em relação a uma reacção mais intempestiva, de ruptura imediata e de fechar a porta a uma tentativa de diálogo construtiva e com propostas. Se a OF tivesse optado por esse caminho… que resultados tínhamos alcançado? Haveria um liberalização do sector sem ponderações e prejudicando aqueles que mais queremos defender: os doentes!
Contudo, e nas funções de Bastonário, cada pessoa tem de ser fiel à sua forma de estar e às convicções que defende e, como tal, é natural que existam alterações de estilo e de forma de intervenção.

Como vê a redefinição do actual modelo da farmácia comunitária e qual o papel da ordem na regulamentação do novo modelo?
Até este momento, estamos apenas perante a tensão de alterações pontuais e cuja moldura final ainda não é conhecida. Contudo, a OF tem já identificadas as necessidades emergentes da redefinição da farmácia comunitária. Há traços fundamentais pelos quais a OF não deixará de pugnar: a proximidade, a confiança, a qualidade e o papel insubstituível do farmacêutico. A proposta de nova legislação sobre o exercício farmacêutico é um exemplo da intervenção da OF que traduz a garantia destes princípios para a população. A proposta apresentada revê coerentemente e interliga todos os farmacêuticos no sector do medicamento - comunitários, hospitalares, de indústria, da distribuição e de assuntos regulamentares – atribuindo-lhes responsabilidades e deveres claros norteados pelo interesse público. Com a concretização de alterações substanciais, como o caso da propriedade, exige-se à OF um papel mais diferenciado que salvaguarde uma intervenção farmacêutica à prova dos interesses mercantilistas de novos agentes no sector. A promoção da qualificação contínua dos farmacêuticos e a valorização da sua diferenciação técnico-científica são objectivos que encerram cada vez maiores desafios e para os quais temos de dar respostas.

O ensino das Ciências Farmacêuticas não tem acompanhado a rápida evolução da profissão. A maioria dos cursos não contempla formação específica para áreas tão essenciais, como a genética, a gestão ou a economia da saúde. Verifica-se também uma falta de interligação entre o ensino e a prática profissional, com estágios tardios e limitados. Considera importante uma reavaliação dos planos curriculares?
O ensino farmacêutico tem, no nosso país, dado passos positivos em relação aos desafios que a ciência e a profissão lhe colocam. A própria OF tem estimulado esta resposta e alcançou um diálogo aberto e frontal nos processos de acreditação de licenciaturas. Contudo, a rápida evolução das necessidades da sociedade tem colocado novos desafios à profissão e existe uma necessidade de promover um alinhamento estreito entre a academia e a profissão nas respostas necessárias. A OF tem responsabilidades nesta matéria e continuará a identificar os pontos críticos na profissão, procurando envolver a nossa vasta comunidade científica nas soluções. Ao nível pré e pós-graduado existem inúmeras convergências e necessidades que devem unir a profissão e o ensino, e, para as quais é necessário dedicar especial atenção. A profissão farmacêutica baseia-se no conhecimento e, como tal, tem de estar preparada para dar respostas consistentes com a evolução da evidência científica e da própria sociedade.
Por exemplo, a OF tem actualmente nomeadas as Comissões Instaladoras das especializações em Genética Humana e de Farmacoterapia como resposta activa às necessidades de maior diferenciação dos farmacêuticos em áreas-chave da sua actividade.

Têm sido levantadas algumas críticas quanto à forma como são avaliadas e creditadas as acções de formação, obrigatórias para a renovação da carteira profissional. Não lhe parece que este processo deveria ser mais objectivo e transparente?
Aceito e compreendo as críticas resultantes de um processo inovador e ambicioso como a revalidação da carteira profissional. De facto, todo este processo é uma inovação da profissão farmacêutica e, como tal, está sujeito à necessidade de acompanhamento e da capacidade de correcção das dificuldades. Existem actualmente factores críticos neste processo que, quanto a mim, são: acessibilidade (económica e geográfica); comunicação; fluidez de procedimentos e avaliação.
É um facto que existem colegas que reportam dificuldades de participação (sendo urgente rotinar os Cadernos de Formação e actividades à distância) e de situações pessoais limitativas (de saúde, entre outras). Aliás, com a implementação de uma iniciativa desta dimensão estranharia se não existissem dificuldades ou reclamações... seriam sintomas da sua inocuidade, desinteresse ou falta de credibilidade.
Contudo, o cerne desta iniciativa é adequado e os objectivos a alcançar ainda mais pertinentes no quadro das alterações em curso, sendo naturalmente um compromisso que assumo a capacidade de ajustamentos progressivos em função das necessidades da profissão. Aliás, um retrocesso nesta matéria seria algo de profundamente negativo para a credibilidade da profissão e, ainda pior, um desrespeito pelos milhares de farmacêuticos que assumiram esta responsabilidade.

A Farmácia do futuro inevitavelmente venderá mais serviços que produtos. A qualidade dos serviços determinará o sucesso comercial da farmácia, pois em relação aos produtos as diferenças são praticamente nulas. Deverá a farmácia comunitária portuguesa evoluir para uma situação de pagamento por acto farmacêutico?
Já nos dias de hoje o farmacêutico é um prestador de serviços de saúde e não apenas no âmbito da farmácia comunitária. Há espaço para que consideremos essa evolução e percorramos um caminho idêntico em experimentação noutros países. Contudo, dado o avolumado conjunto de alterações em curso neste sector, não será uma solução imediata, tanto mais que a remuneração por acto deve encerrar uma valorização do conteúdo profissional e não render-se a uma aritmética contabilística ou promotora da degradação da qualidade de atendimento e aconselhamento prestados pelos farmacêuticos.

Manifestou numa entrevista recente que pretende "fazer parte da solução dos problemas de saúde e adoptar posições sustentadas". Nesta perspectiva, qual a autonomia que a OF deve guardar em relação à ANF?
Existe sempre recorrente confusão entre a OF e a ANF. A sociedade portuguesa tem de perceber definitivamente que uma e outra têm papéis e funções bem distintas e que representam entidades diferentes. Como representação formal de toda a profissão, a OF assume responsabilidades próprias e tem funções definidas pelo Parlamento Português. Deste modo, e tal como em relação a todas as representações dos farmacêuticos, a OF manterá saudáveis relações institucionais e procurará alcançar consensos positivos para o sistema de saúde e, em particular, para a intervenção farmacêutica. Os doentes são a razão de ser da profissão farmacêutica e todos os que pretendam valorizar a intervenção farmacêutica em prol destes contarão com a OF como aliada. Se convergirmos tanto melhor, senão saberemos enfrentar as divergências e dificuldades.

No Hospital, o farmacêutico está claramente a perder terreno para outros profissionais, sem se notar grande preocupação por parte dos responsáveis. Que apostas deverão ser feitas para aumentar a importância e a participação dos farmacêuticos nos nossos Hospitais?
A OF tem, incessantemente, colocado a tónica na necessidade de implementar objectivamente as Resoluções do Conselho de Ministros sobre a farmácia hospitalar. Sobre esta matéria existem já demasiados diagnósticos, sendo necessário pôr em prática as soluções já alcançadas em termos de meios e recursos para rentabilizar a perícia técnico-científica do farmacêutico no hospital. A gestão do medicamento hospitalar só agora começa a surgir como prioridade no âmbito da gestão hospitalar e são os farmacêuticos que mais têm contribuído para um compromisso de equilíbrio entre encargos e resultados. A racionalidade e a segurança das intervenções hospitalares dependem da eficaz intervenção do farmacêutico e, deste modo, é fundamental o correcto enquadramento da sua actividade. A Carreira Farmacêutica, envolvendo também os colegas das Análises Clínicas e da Genética Humana, é um passo estruturante através do qual se podem atribuir responsabilidades e qualificações aos farmacêuticos com um impacto positivo nos cuidados de saúde. A expectativa em relação à evolução da carreira (já acordada com o Ministério da Saúde em 2005) em paralelo com alterações facilitadoras do acesso por jovens farmacêuticos são matérias relevantes a prosseguir em conjunto com o Ministério da Saúde.

A intervenção de farmacêuticos em análises tem também desafios. O Sector de Análises Clínicas tem apresentado fenómenos de concentração económica. Quais as propostas para este sector?
A intervenção farmacêutica em análises clínicas precisa de uma nova visibilidade e dinâmica na nossa sociedade. De facto, poucos cidadãos sabem que são farmacêuticos especialistas os responsáveis pela grande maioria das análises clínicas no nosso país e são também parte significativa nos respectivos serviços hospitalares. Há, também neste sector, ameaças de verticalização económica e de afectação da autonomia técnico-científica dos farmacêuticos. Sobres estas matérias é necessário questionar a tutela em relação à inspecção e licenciamento de unidades e de fomentar uma racionalização deste sector. A manutenção do princípio da convenção e a revisão das nomenclaturas e tabelas de exames são também matérias para as quais a OF deve dar o seu contributo. Assegurar que o farmacêutico analista desenvolve a sua actividade em proximidade e confiança com os doentes são metas para as quais novas estratégia e iniciativas se devem desenhar.
De uma forma geral importa também promover uma reflexão aprofundada no enquadramento da diferenciação farmacêutica nas áreas analíticas, através do repensar de propostas que envolvam positivamente o seu exercício farmacêutico, por exemplo, através de proposta de exercício farmacêutico neste sector que individualize o papel do farmacêutico em análises clínicas, genéticas, hidrológicas, toxicológicas e bromatológicas. É esta resposta integrada de funções e responsabilidades na sociedade que temos de dar provas e visibilidade.

Para além da liberalização da propriedade das farmácias, o Governo pondera também a legalização da venda de medicamentos pela Internet. Se tal vier a acontecer, qual deverá ser a posição da Ordem?
A OF manterá, como sempre, a exigência de segurança para os doentes e a necessidade de acompanhamento através de farmacêutico. Em relação ao recurso a novas ferramentas de comunicação para facilitar o acesso a medicamentos, é necessário garantir que tal não signifique legalizar a marginalidade actual em que é possível comprar (o termo é mesmo comprar pois não há mais nenhuma garantia) medicamentos sem nenhum tipo de informação ou segurança. Não é por acaso que a Internet é uma das principais fontes de medicamentos contrafeitos e que mais riscos de saúde apresentam para a população. Nestes moldes caóticos, qualquer bom senso ditará a oposição a esta medida. Se o modelo regulamentar contribuir para a utilização da Internet como ferramenta complementar à relação de confiança e proximidade doente-farmacêutico poderá ser uma mais-valia para doentes e profissionais.

Há quem considere que o cargo de Bastonário devia ser remunerado. Seria simultaneamente uma forma de independência e de evitar amadorismo. Além disso, a um bastonário bem pago também se poderia exigir muito mais. Que opinião tem sobre esta questão?
A intervenção ao nível da OF é, essencialmente, de cariz voluntário e associativo. Deste modo, e até pela determinação estatutária, é incompatível remunerar as funções eleitas, o que me parece bem. Contudo, podem existir constrangimento em relação às condições de exercício da função e, a exigência e necessidade de disponibilidade podem afectar o desempenho profissional de quem assume estas funções. Não considerando a hipótese de remuneração directa, podem coexistir “ajudas de custo” que viabilizem a participação efectiva de mais colegas, limitando-se deste modo o constrangimento económico à sua participação. De uma forma global não considero esta matéria uma prioridade no contexto dos actuais desafios que a profissão enfrenta e, como tal, deve ser analisada pelos órgãos próprios da OF. De forma mais vincada, necessitamos de manter e apostar na profissionalização efectiva e empenhada dos colaboradores que constituem o quadro da OF e esta será uma preocupação permanente de quem tem de assegurar uma adequada gestão da instituição e de dotá-la de condições para melhor responder às necessidades.

Bem-vindos

...ao blogue de apoio à candidatura de Filomena Cabeça a Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos.
Este espaço pretende contribuir para o debate ideológico que inevitavelmente vai anteceder as próximas eleições para BOF e para divulgar iniciativas da candidatura de Filomena Cabeça.
Teremos igualmente muito gosto em receber contributos de todos os colegas que considerem oportuno intervir neste momento decisivo para a nossa profissão.
As recentes evoluções do sistema de saúde português fazem com que os Farmacêuticos enfrentem hoje desafios em todos os níveis da sua intervenção, das farmácias comunitárias aos hospitais, laboratórios de análises clínicas, indústria farmacêutica e centros de investigação científica.
Acreditamos nos Farmacêuticos portugueses e queremos ajudar a consolidar o papel de referência técnica e científica que nos cabe no contexto do SNS. Juntos saberemos acompanhar as mudanças e ajudar o país a conseguir Ganhos em Saúde.
O futuro começa hoje!