sábado, 23 de junho de 2007

Resultados Finais

Newsletter n.° 285 | 22 de Junho de 2007 Newsletter da Ordem dos Farmacêuticos
Eleita com 54% dos votos
Irene Silveira é a primeira Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos

Irene Silveira foi eleita Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos para o mandato 2007-2010. A professora Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra recolheu 54% dos votos de 3535 farmacêuticos, sucedendo assim a Aranda da Silva como representante da profissão farmacêutica.

Resultados das eleições para os Órgãos Regionais
Listas E, J e M reúnem as preferências dos farmacêuticos

Francisco Batel Marques, pela Lista E, João Pedro Mendonça, pela Lista J, e Franklim Marques, pela Lista M, foram também eleitos Presidentes das Secções Regionais de Coimbra, Lisboa e Porto, respectivamente.

Resultados das eleições para Colégios de Especialidade
Presidentes reeleitos

O acto eleitoral do dia 21 de Junho de 2007 definiu também a composição dos Conselhos dos Colégios de Especialidade da Ordem dos Farmacêuticos - de Análises Clínicas, de Assuntos Regulamentares, de Farmácia Hospitalar e de Indústria Farmacêutica. A todos estes sufrágios concorreram apenas uma lista candidata, tendo sido, portanto, reeleitos todos os actuais Presidentes.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Rescaldo pessoal

Embora a Lista a que pertenço tenha ganho na Secção Regional de Coimbra, estou obviamente bastante desiludido com os resultados das eleições.
De facto, continuo a achar que as propostas apresentadas por Filomena Cabeça e pela Lista A eram as melhores e as que mais defendiam os interesses da profissão. Embora durante a campanha a estratégia (infelizmente bem sucedida) dos nossos adversários eleitorais passasse por associar à nossa lista uma imagem de estagnação e pouca inovação, a verdade é que eu acho que era exactamente o contrário que se iria passar: a única verdadeira mudança que estava em causa era a proposta por Filomena Cabeça, que passava pela afirmação técnica e social dos Farmacêuticos enquanto classe fundamental para o Serviço Nacional de Saúde, da qual inevitavelmente seria possível tirar consequências políticas.
No entanto, a verdade é que perdemos. E por muito injusto que consideremos o resultado (sobretudo à luz de alguns tristes episódios que caracterizaram a campanha), temos que o aceitar e respeitar. Continuamos todos a ser Farmacêuticos e resta-nos esperar que quem vai passar a governar a Ordem o faça da melhor forma.
Pessoalmente, devo confessar que vivi dias extraordinários. Tive o privilégio de fazer parte de uma Lista constituída por pessoas com uma enorme capacidade intelectual, que não conhecia pessoalmente, mas apenas nas suas dimensões públicas e profissionais.
O Prof. Batel Marques foi uma das mais agradáveis confirmações desta campanha e com ele partilhei horas de trabalho que naturalmente espero serem o início de três anos de intensa e fértil actividade da Secção Regional de Coimbra. Penso que a forma como a Lista E conduziu a sua campanha é um exemplo para futuras eleições na OF: humildade na forma como se encarou a necessidade de contactar directamente com os Farmacêuticos, organizando sessões em todos os distritos abrangidos pela Secção; profissionalismo e grande organização da campanha; clareza na mensagem; mobilização ordenada dos recursos humanos da Lista; produção de ideias e programa eleitoral próprios, sempre em coordenação com a Candidatura à Direcção Nacional; elevação do perfil político e social da Ordem dos Farmacêuticos e da própria candidatura; total controlo da agenda política e mediática da candidatura. O resultado obtido pela Lista E foi uma consagração para a forma como foi possível construir esta candidatura e constitui uma enorme vitória pessoal do Prof. Batel Marques, sobretudo porque foi obtida no terreno da nova Bastonária. De facto, Batel Marques sai destas eleições com um peso político próprio, que excede a dimensão da própria Secção Regional de Coimbra e com o qual Irene Silveira terá que saber conviver. Da nossa parte (e aqui falo enquanto elemento da Lista E) haverá toda a disponibilidade para trabalhar em prol dos Farmacêuticos. No entanto, não nos esqueceremos de que fomos eleitos com um programa próprio, amplamente validado na urnas pelos Farmacêuticos da Secção Regional de Coimbra.
O que mais custa nesta noite eleitoral é o facto de Filomena Cabeça não ter sido eleita Bastonária. De facto, mais que a força própria das ideias apresentadas e a qualidade das propostas e da equipa que constituía a Lista A, era a candidata a Bastonária a principal razão para votar A. Não tenho dúvidas de que Filomena Cabeça teria sido uma excelente Bastonária. A forma como tem as ideias organizadas e conhece profundamente o SNS e a própria OF, o facto de ser alguém que sabe o que quer, que sabe de onde vem e para onde vai, a sua capacidade de liderança e a firmeza no debate são qualidades invulgares e que muita falta farão à Ordem dos Farmacêuticos, sobretudo nos tempos que se avizinham. Foi uma enorme honra ter feito parte desta candidatura (embora formalmente apenas pertencesse à Lista E, vesti com todo o gosto e empenho a camisola da Lista A) e agradeço publicamente a oportunidade que me foi dada.
Enfim, todas as eleições têm um risco e neste caso perdemos. Há mais marés do que marinheiros, lá diz o povo. E a vida é, seguramente, muito mais do que isto!
No entanto, que raio... tinha que ser logo um momento político como este o escolhido pelos Farmacêuticos para darem uma mensagem de descontentamento à OF...! Não sei porquê, mas imagino que algures na Avenida Miguel Bombarda há um sexagenário sentado no seu gabinete, com um sorriso rasgado e a brindar a este resultado... oxalá que me engane!

Ainda não tenho os resultados finais, mas...

... neste momento parece ser um dado adquirido que os vencedores das eleições são:

- Direcção Nacional: Irene Silveira;
- Secção Regional de Coimbra: Francisco Batel Marques;
- Secção Regional do Porto: Franklim Marques;
- Secção Regional de Lisboa: João Mendonça.

A todos, os nossos parabéns e votos de felicidades no exercício dos cargos.
Brevemente publicaremos os resultados definitivos, bem como a respectiva análise política e outros factos relevantes. Quando terminar o período de ressaca eleitoral, este blogue encerrará a sua actividade, embora se mantenha online para que ocasionalmente o possamos revisitar e reviver estes dias verdadeiramente frenéticos.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Resultados da votação presencial*

*correspondentes a cerca de 15% do total de votantes.

Direcção Nacional
Lisboa: Filomena Cabeça 91, Irene Silveira 167
Coimbra: Filomena Cabeça 34, Irene Silveira 61
Porto: Filomena Cabeça 55, Irene Silveira 69
Total: Filomena Cabeça 180, Irene Silveira 297

Secção Regional de Coimbra: Batel Marques 60, António Antunes 37
Secção Regional do Porto: José Mingocho 50, Franklim Marques 53, Florentina Nogueira 30
Secção Regional de Lisboa: Marques da Costa 100, João Mendonça 156

Ou seja, se admitirmos que estão contados 15% do total de votos (ainda desconhecido, pois faltam chegar alguns votos por correspondência), então Filomena Cabeça para já tem 5,7% dos votos e Irene Silveira 9,3%.
Assim, e assumindo como válido o pressuposto dos 15%, Filomena Cabeça precisaria de mais 1411 votos para vencer as eleições e Irene Silveira de mais 1294.
Ou seja, para Filomena Cabeça ganhar, terá que ter pelo menos 52,2% dos votos por correspondência, o que parece perfeitamente alcançável. Eu acredito!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Ainda a Renovação da Carteira Profissional

O principio da renovação da carteira profissional constitui, provavelmente, um dos maiores desafios que uma profissão pode colocar a si própria.
A assumpção de um desafio desta natureza só faz sentido se daí advierem ganhos para a sociedade que, em retorno, reconhece, credibiliza e confia numa profissão estruturante na organização, na prestação e no acesso aos cuidados de saúde.
O real impacto das dinâmicas organizacionais das profissões - de que a renovação da carteira profissional e exemplo - no bem estar do cidadão é lento, sustentado e apenas mensurável a prazo.
Logo ao início do actual processo eleitoral, a candidata Irene Silveira elegeu a renovação da carteira como bandeira de afirmação.
Infleizmente fê-lo sem recorrer a uma abordagem sistémica, profissional, antes recorrendo ao apelo a sentimentos (naturais) de resistência a processos de mudança. O que não é muito natural para quem agita, precisamente, a mudança como tema.
Ficámos, desde logo, sem perceber se as críticas eram à estrutura, ao processo ou a ambos.
Negligenciando o valor extrínseco do processo, hipertrofiaram-se zonas de sombra que todos os novos trajectos necessariamente tendem a comportar. No melhor estilo paroquial
não se apelou a juízos límpidos, antes se incitando à contestação como instrumento de tomada de posição. Típico.
Tudo isto vem a propósito do conteúdo da entrevista da candidata Irene Silveira ao Jornal Público de hoje (20 de Junho).
É que aí deixou-se cair a parcimónia: Irene Silveira, por afirmar taxativamente que Mestrados e Doutoramentos não são incluídos na renovação da carteira, demonstrou que afinal desconhece o processo. O que é muito grave.
Estamos a falar de um assunto estruturante da profissão.
Estamos a falar de uma bandeira de candidatura com apelo à contestação do processo.
Estava, porém, a falar do que não sabe.
Não é aceitável, independentemente deste ou doutro contexto eleitoral, que a Ex-Presidente da Secção Regional de Coimbra quando o processo se iniciou, que a Ex-Presidente da Mesa da Assembleia Geral Nacional quando o processo se iniciou e aí se votou - e aí se legitimou - revele o seu lamentável desconhecimento de algo que, por cima, insiste em contestar.
Escrevemos com a vantagem de quem conhece o processo de renovação da carteira profissional, dele não abdica no plano dos princípios e sobre ele quer fazer incidir um processo de melhoria contínua.
A renovação da carteira profissional constitui, provavelmente, um dos maiores desafios que uma profissão pode colocar a si própria. E provou-se que alguns, infelizmente, necessitam de a renovar mais rapidamente do que o que pensam.

Ordem Para Intervir

As declarações de Irene Silveira:


... e as provas de que a candidata da Lista B passou dois mandatos nos órgãos sociais da OF completamente a Leste do que se passava à sua volta (aliás, mesmo depois de se candidatar continua mal informada - este documento está disponível para download no site da Ordem dos Farmacêuticos):



terça-feira, 19 de junho de 2007

Serviço Público no Jovens com Cabeça

O relatório secreto sobre a Sustentabilidade do SNS foi descoberto pelo jornalista Carlos Enes, da TVI e está disponível online aqui.

Comunicado da Lista A a propósito da campanha do iôiô, em que num dia se é a favor da revalidação, no outro contra e no seguinte antes pelo contrário




Caros colegas

Decidimos enviar esta newsletter extraordinária depois de assistirmos nos últimos dias a uma série de manobras de desinformação, avanços e recuos da candidatura da Lista B relativamente ao tema da revalidação da carteira profissional.
De facto, este é um tema extremamente importante para o futuro da nossa profissão e é absolutamente necessário que sejamos claros e rigorosos nesta matéria.
Numa fase em que os tempos estão mais difíceis do que nunca para os Farmacêuticos, é importante que o próximo Bastonário saiba posicionar-se publicamente: a licenciatura em Farmácia ou Ciências Farmacêuticas numa universidade acreditada pela OF não basta para que tudo volte a ser como antes para os Farmacêuticos portugueses. Para termos sucesso num mercado de grande competição global hoje em dia só há duas opções: ou somos muito bons ou muito baratos. E isto aplica-se a todos os sectores de exercício profissional dos Farmacêuticos. Uma vez que para serem baratos existem os técnicos e os licenciados dos politécnicos, só nos resta sermos mesmo muito bons, para que o mercado de trabalho e a sociedade em geral continuem a precisar e a preferir Farmacêuticos. É aqui que reside o principal desafio da OF: temos que encontrar uma forma de garantir que os Farmacêuticos do futuro são profissionais cuja contratação é uma excelente decisão para as empresas e temos que fazer com que as farmácias e laboratórios de análises clínicas sob propriedade e direcção Farmacêutica se afirmem pela qualidade e mantenham e ampliem o reconhecimento social de que actualmente já beneficiam.
Este é um tema com o qual ambas as candidaturas concordam, embora só a nossa lista o assuma claramente. É evidente que o sistema actualmente existente tem que ser corrigido, pois a renovação da carteira profissional é um assunto demasiado importante para poder ser encarado como um negócio.
Mas é para isso que aqui estamos: para enfrentar os problemas, para não fugir dos problemas, e sobretudo para resolver os problemas. E não para intoxicar a opinião dos Farmacêuticos com facilitismos eleitoralistas.

Comunicado da Lista A a propósito do vergonhoso mail que se transcreveu no post anterior

Comentários arrepiantes

Não é norma da nossa candidatura comentar iniciativas de outras candidaturas. Normalmente, acontece o inverso.
Esta tem sido uma campanha em que uma das candidaturas, a nossa Lista A, procurou estabelecer uma relação transparente com os farmacêuticos e em que sistematicamente a candidatura personificada pela Lista B se limitou a seguir, a denegrir, a perverter princípios, a entrar por facilitismos eleitorais e agora, pela acusação gratuita sobre selecções de textos publicados num blog por colegas procurando associá-los a esta candidatura e procurando transformar os seus comentários como posições oficiais desta candidatura.
Enfim, cada um dá o que tem, e quem não tem mais, a mais não é obrigado…
Vem esta nota a propósito do mail posto a circular pela candidatura da colega Irene Silveira com o título comentários arrepiantes.
Neste mail foram transcritos excertos da intervenção de um colega, que se identifica (inclusive com o seu número de inscrição na nossa Ordem), no blog Jovens Com Cabeça, sem nunca referir qualquer preferência por uma das listas em contenda.
Nesta intervenção este Colega insurge-se contra a intervenção do actual Bastonário (o qual é constantemente referenciado pela lista B como apoiante da nossa candidatura), a sua relação com a ANF e mostra-se adepto da liberalização total da farmácia comunitária em Portugal.
O que este mail não transcreve, dando mostras do nível de honestidade intelectual de quem o produziu, são as respostas que a coordenação do blog emitiu, essas sim reflectindo a posição oficial da nossa candidatura e do qual passamos a transcrever um excerto:

Nos últimos dias alguns comentadores têm insistentemente colocado comentários sobre a opinião da nossa candidatura relativamente à questão da propriedade da farmácia.
Assim, embora o tema também já tenha sido referido neste blogue, para que não fiquem dúvidas, cá fica o devido esclarecimento:
Nós somos obviamente contra a liberalização da propriedade da Farmácia. Nós somos contra a liberalização da instalação de farmácias. Aliás, de um modo geral, nós somos contra todas as ideias que entreguem as farmácias portuguesas às grandes redes internacionais. Somos contra todos os fenómenos de integração vertical e horizontal no sector. Porque, meus caros, não sejamos ingénuos: num cenário de liberalização não é o Farmacêutico anónimo que vai poder ter a sua farmaciazinha (alguém estaria disposto a abrir uma mercearia em frente a um hipermercado?). Na Noruega, poucos anos após a liberalização, 97% das farmácias já pertenciam a grandes redes multinacionais. No Reino Unido há menos farmácias por habitante que em Portugal. Em todos os países em que há liberalização há fenómenos de inequidade na distribuição territorial das farmácias (concentração nos grandes centros urbanos) e assimetrias na disponibilidade de medicamentos.
Esta é uma discussão que pode fazer todo o sentido para Correia de Campos, Belmiro de Azevedo, António Saleiro e outros que tais, mas que num cenário de campanha eleitoral para a Ordem dos Farmacêuticos é completamente redundante. Nenhuma direcção responsável poderá defender outra solução se quiser defender os Farmacêuticos independentes e os próprios doentes.

Numa campanha eleitoral, parece que vale tudo, mas não vale…
Numa campanha eleitoral, queremos ver projectos de construção de um futuro melhor e não o ataque pessoal, a falta de verdade, a chicana política.
Numa campanha eleitoral, queremos ver pessoas sérias, transparentes, que nos falam sobre as ideias que têm e não que vão adaptando o discurso à medida das reacções que vão (ou não…) obtendo.
Numa campanha eleitoral, também aferimos o carácter de quem se propõe governar o nosso futuro profissional…
Este episódio da lista B revela bem o que nos esperaria caso assumisse as rédeas da profissão…

Vote Bem, Vote A

Por uma única vez citaremos um slogan de outros:
Não deixe que os outros decidam por si.
Com este caso, o resultado já estaria à vista...

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Blogger para Totós



(texto actualizado a 19 de Junho de 2007)

Os ataques baixos à nossa candidatura têm continuado, chegando mesmo a atingir níveis absolutamente impensáveis, sobretudo quando estamos a falar de Farmacêuticos, colegas de profissão.
Este esclarecimento não deveria ser necessário. No entanto, aqui fica, para sossego de alguns frequentadores de certas e determinadas salas de chat e maldizer: o conteúdo da primeira página deste blogue é da responsabilidade da candidatura de Filomena Cabeça e funciona sob minha coordenação.
No entanto, como não quisemos fazer deste blogue a versão farmacêutica do Jornal do Partido Comunista Cubano, admitimos a existência de comentários (nas secções... de comentários!) de pessoas que escrevem coisas com as quais não concordamos, desde que estes não sejam ofensivos ou brejeiros (o que infelizmente já aconteceu várias vezes).
Com isto pretendemos estimular o debate e livre troca de ideias entre Farmacêuticos.
É inadmissível e é intelectualmente profundamente desonesto que nos atribuam a autoria de textos que apenas estão publicados na caixa de comentários deste blogue.
É de uma desfaçatez única que as mesmas pessoas que insultam gratuitamente os elementos da nossa candidatura (e também alguns dos nossos mais destacados apoiantes) acabem mais tarde por, quais virgens ofendidas, acusar-nos de coisas que só estão publicadas neste blogue devido ao nosso esforço (e, já agora, estômago...) para criar um espaço onde todos possam dar a sua opinião e debater os problemas da classe.
Não era isto que esperávamos nestas eleições.
Estamos absolutamente chocados com este conjunto de atitudes. Haverá alguma razão oculta para tamanho desespero?

Nota - Entretanto tivemos conhecimento deste e-mail enviado pela candidatura de Irene Silveira:

-----Mensagem original-----
De: Irene Silveira [mailto:candidata.irene.silveira@gmail.com]
Enviada: segunda-feira, 18 de Junho de 2007 13:38
Assunto: Blog jovens com cabeça- comentários arrepiantes

Colegas:

Leiam o que colegas apoiantes da Lista A escreveram no blog do site da candidata.

Falam de coesão mas o que querem é ver "cabeças a rolar".

Não dividamos a classe - Votemos B

Transcrição:

De facto o Sr. Bastonário acordou tarde, alias, tardissimo, para a realidade e andou sempre a reboque da ANF. Agora sente-se magoado por nunca ter sido ouvido!!! Estava a espera de que? Se o BASTONARIO NAO FOI OUVIDO ERA PORQUE AS SUAS POSICOES NAO ERAM DIFERENTES DA ANF. A ANF tem o que sempre quiz, a liberalização da propriedade. Mais uma vez um LOBO vestido de "CORDEIRO", ou melhor "JOAO CORDEIRO".
Quem ficou a perder foram os mais de 7000 FARMACEUTICOS que não sao proprietarios (de um total de 10000 em portugal). Agorá só ha uma SOLUÇAO: LIBERALIZAÇÃO DA ABERTURA DE FARMACIAS. A Ordem dos Farmacêuticos não pode defender outra coisa que não esta, caso contrario será o seu FIM. CASO A ORDEM DOS FARMACEUTICOS VENHA A MANTER AS SUAS POSIÇOES E A DEFENDER AS FARMÁCIAS, QUE AGORA NEM DE FARMACEUTICOS SÃO, SOU O PRIMEIRO A BOICOTAR O PAGAMENTO DAS QUOTAS JA APARTIR DE JANEIRO DE 2008. Telmo Santos Socio OF P-3236

16 de Junho de 2007 21:02

SE EU FOSSE BASTONARIO A PRIMEIRA COISA QUE FAZIA ERA COLOCAR UM PROCESSO DISCIPLINAR PARA A EXPULSÃO DA ORDEM DOS FARMACEUTICOS DO SR. JOAO CORDEIRO.

ADEMITE-SE QUE ELE TENHA ASSINADO AQUELE ACORDO DIA 26 DE MAIO? JA LERAM O ARTIGO DOS ESTATUTOS DA ORDEM DOS FARMACEUTICOS SOBRE OS "DEVERES PARA COM OS COLEGAS"?

Telmo Santos Socio P-3236



Como é possível que se tenha descido tão baixo? Nas eleições para a OF, como na vida, há que ter princípios. E isto que a outra candidatura acabou de fazer é uma das "jogadas" mais rasteiras que vi até hoje, em qualquer eleição. E olhem que já ando nisto há muito tempo...!!!

Comentário da Dra. Ema Paulino

... sobre a questão da lei da propriedade da farmácia:

Ema Paulino said...

É a primeira vez que escrevo num blog e na verdade estou a fazê-lo para salutar a forma como o Vladimiro tem tentado esclarecer os colegas, certamente menos conhecedores de realidades como as que preconizam para o nosso país. Ofereço-me para mostrar os dados sobre países liberalizadas tanto na propriedade como na instalação. Como o Vladimiro já transmitiu, na Noruega qualquer pessoa pode montar uma farmácia onde quiser quando quiser mas 98% das farmácias são de 3 distribuidores de medicamentos e o número de farmácias a abrir tem diminuido significativamente (e nenhuma propriedade de farmacêuticos!). Na Islândia, onde o mesmo se passou, a satisfação profissional do farmacêutico desceu consideravelmente (e estou a falar de farmacêuticos a trabalhar por conta de outrem e não dos proprietários). Convido portanto os colegas que se queiram esclarecer devidamente a contactar-me e disponibilizarei os estudos referidos.

Quanto ao papel da ANF no sector, sou obviamente suspeita para falar, mas eu viajo frequentemente e posso dizer que temos das melhores farmácias do MUNDO (alguém quer contestar?)! Duvido que tal tivesse sido possível sem a sua intervenção, principalmente em cenários de meses de atraso de pagamento por parte do estado. Eu diria que se os farmacêuticos são o 3º profissional mais confiável pela população Portuguesa, talvez tal não se deva ao acaso!

18 de Junho de 2007 16:53

Mais uma nota...

O Praia Lusitana, em dois comentários (colocados aqui), coloca várias questões interessantes, a que passarei a responder:
- Em primeiro lugar, lamenta as razões para que este blogue tenha activado um sistema de moderação de comentários. Eu próprio não poderia estar mais de acordo. De facto, durante cerca de uma semana, este blogue não teve qualquer tipo de restrições à publicação de comentários e inclusive eram permitidos textos anónimos, sem qualquer tipo de controlo. Lamentavelmente, foi o caos. Alguns dos nossos adversários eleitorais transformaram um espaço que se pretendia livre, democrático e de discussão aberta dos problemas da profissão num autêntico campo de batalha, respondendo às ideias com insultos gratuitos e, em algumas ocasiões, verdadeiramente chocantes, sobretudo quando sabemos que estamos a falar de Farmacêuticos. Durante alguns dias, ninguém escapou: candidatos e apoiantes da nossa candidatura foram mais maltratados que as mães de alguns árbitros de futebol. Foi por isso que sentimos necessidade de introduzir, numa primeira fase, a obrigatoriedade de registo no google (que se revelou insuficiente...) e posteriormente a aprovação individualizada de cada comentário (que já permitiu conter mais algumas investidas). Sinceramente, continuo absolutamente pasmado com o baixo nível que se atingiu: já ando pela blogosfera há quase 4 anos, já participei em discussões muito mais duras que as que se travam por aqui e nunca tinha visto nada assim...!
- Há um ponto do texto do Praia Lusitana com o qual discordo particularmente, que é quando este comentador tenta fazer passar a tese de que Filomena Cabeça não terá sido a "primeira escolha" da sua candidatura e que "encabeça uma lista cheia de elementos mais fortes do que ela própria e serve de testa de ferro da continuidade. Dificilmente terá forças para fazer vingar os seus pontos de vista próprios, se convencer alguém que tem os seus próprios pontos de vista…". Ora, este argumento não faz qualquer sentido. Em primeiro lugar, porque não estamos a falar de partidos políticos, em que é necessário nomear alguém para concorrer a eleições em que o resultado mais provável é a derrota (ou seja, o típico cenário de "nomeações da enésima escolha"). De facto, o que se passa é precisamente o contrário: Filomena Cabeça tem uma longa carreira nos órgãos sociais da OF, conhece muitíssimo bem os dossiers e esteve por dentro de tudo o que de verdadeiramente importante se passou nos últimos anos. É uma pessoa extremamente bem preparada, que foi incentivada a concorrer a um cargo de grande importância e ambicionado por muitos (veja-se o exemplo do desespero da outra candidatura...). O cargo de Bastonário da OF não é o caixote do lixo das "primeiras escolhas" que o Praia Lusitana sugere existirem. Antes pelo contrário: ser Bastonário da OF é algo de extremamente prestigiante, a que muito poucos podem ambicionar. É o ponto mais alto da vida profissional de todos os que o ocupam. Dizer que ninguém mais queria ser Bastonário é o mesmo que dizer que o FCP foi campeão porque o Sporting e o Benfica não estavam interessados no título, o que, como todos sabemos, é um perfeito disparate!
- Outro dos aspectos do texto do Praia Lusitana que me parece particularmente ridículo é a sua referência pejorativa ao suposto facto de Filomena Cabeça liderar uma lista "cheia de elementos mais fortes do que ela própria e serve de testa de ferro da continuidade" e que "dificilmente terá forças para fazer vingar os seus pontos de vista próprios". Ou seja, ao mesmo tempo que se reconhece que há um conjunto de personalidades importantes que aceitaram ir na lista sob a liderança de Filomena Cabeça, utiliza-se este aspecto como arma para atacar a candidatura. Ora, isto é perfeitamente absurdo: o facto da lista de Filomena Cabeça ser constituída por várias das personalidades mais importantes do sector Farmacêutico é algo que deve ser elogiado e valorizado e não pode constituir motivo de crítica. Este é um argumento a favor da nossa Lista e não o contrário! Aliás, haverá melhor exemplo da capacidade de Filomena Cabeça que o elencar da lista de personalidades que aceitaram concorrer numa lista sob a sua liderança? Como é que alguém que fosse fraco poderia liderar uma lista tão forte?
- Por último, a insinuação de que Filomena Cabeça não tem ideias próprias é particularmente injusta e irónica, sobretudo se nos lembrarmos de que a Lista A tem sido acusada precisamente do contrário (ou seja, de intoxicar os Farmacêuticos com carradas de textos, mails e sessões de apresentação/debate com múltiplas propostas demasiado "intelectuais"). É a velha questão entre os que são presos por ter cão e os que são presos por não o terem...

De qualquer modo, agradeço ao Praia Lusitana o valioso contributo que deu para o debate. A desmontagem dos argumentos dos que se nos opõem (o que até penso nem ser o caso do Praia Lusitana) é uma das formas de defendermos a validade dos nossos argumentos.

domingo, 17 de junho de 2007

E se George Costanza fosse uma professora universitária que gosta de jantar enquanto pisca a Pestana aos farmacêuticos?

...

Um pequeno esclarecimento

Nos últimos dias alguns comentadores têm insistentemente colocado comentários sobre a opinião da nossa candidatura relativamente à questão da propriedade da farmácia, como se isso fosse um assunto tabu ou algo que não foi discutido até à exaustão nos últimos dias e na abundante documentação enviada aos Farmacêuticos.
Assim, embora o tema também já tenha sido referido neste blogue, para que não fiquem dúvidas, cá fica o devido esclarecimento:
Nós somos obviamente contra a liberalização da propriedade da Farmácia. Nós somos contra a liberalização da instalação de farmácias. Aliás, de um modo geral, nós somos contra todas as ideias que entreguem as farmácias portuguesas às grandes redes internacionais. Somos contra todos os fenómenos de integração vertical e horizontal no sector. Porque, meus caros, não sejamos ingénuos: num cenário de liberalização não é o Farmacêutico anónimo que vai poder ter a sua farmaciazinha (alguém estaria disposto a abrir uma mercearia em frente a um hipermercado?). Na Noruega, poucos anos após a liberalização, 97% das farmácias já pertenciam a grandes redes multinacionais. No Reino Unido há menos farmácias por habitante que em Portugal. Em todos os países em que há liberalização há fenómenos de inequidade na distribuição territorial das farmácias (concentração nos grandes centros urbanos) e assimetrias na disponibilidade de medicamentos.
Esta é uma discussão que pode fazer todo o sentido para Correia de Campos, Belmiro de Azevedo, António Saleiro e outros que tais, mas que num cenário de campanha eleitoral para a Ordem dos Farmacêuticos é completamente redundante. Nenhuma direcção responsável poderá defender outra solução se quiser defender os Farmacêuticos independentes e os próprios doentes.
Chega?

sábado, 16 de junho de 2007

KISS Principle

Se aplicado ao futuro da Ordem dos Farmacêuticos, o KISS Principle (Keep It Simple, Stupid) assumiria claramente a forma de "É a Política, estúpido!". De facto, quando se chega ao fim da discussão e se acabam de carpir os males, é à Política que tudo se resume.
Como o Prof. Batel Marques tantas vezes tem referido nas suas intervenções pelo país, com a aprovação da nova lei da propriedade das farmácias, a Ordem dos Farmacêuticos passará a ser a única estrutura nacional com peso político e importância para representar os Farmacêuticos.
De facto, a ANF (que é uma associação de proprietários de farmácias), cujo papel e elevado perfil político e público até agora têm sido extremamente positivos e importantes para a promoção social dos méritos científicos dos Farmacêuticos (não só os de Oficina), passará mais cedo ou mais tarde a ter como sócios pessoas que são proprietárias de farmácias e não são Farmacêuticos, sob pena de perder representatividade no universo das Farmácias nacionais. É uma evolução inevitável à luz da nova lei e é a que melhor defende os interesses da ANF e dos seus associados. Não nos devemos lamentar quando isso acontecer (e vai acontecer), mas sim procurar alternativas.
As associações existentes noutras áreas profissionais nunca tiveram a mesma capacidade da ANF de condicionar a agenda política e mediática. No caso das Análises Clínicas, a recente e inteligente fusão entre as associações de laboratórios propriedade de Farmacêuticos e Médicos fez com que na prática também nesta área se criasse uma necessidade acrescida de representatividade.
Ou seja, resta-nos a Ordem. Não é uma segunda escolha, mas antes um regresso às origens. Segundo o Prof. Sousa Dias, "a Sociedade Farmacêutica (antecessora da Ordem dos Farmacêuticos) nasceu das aspirações de justiça criadas pelas ideias liberais. Em Julho de 1834, cerca de centena e meia de farmacêuticos de Lisboa subscreveram uma petição pedindo a suspensão das inspecções do físico-mor, a liberalização dos preços dos medicamentos e a reforma da legislação sobre o exercício farmacêutico. (...) Directa ou indirectamente, a Sociedade influenciou as reformas e a produção legislativa de importância para a farmácia. A sua campanha pela reforma da ensino e do exercício farmacêutico produziu frutos. Em 1836 foram criados os cursos farmacêuticos e no ano seguinte foi criado o Conselho de Saúde Pública que substituiu o físico-mor e integrava dois farmacêuticos. A Sociedade teve um papel igualmente pioneiro no campo do mutualismo, com a instituição em 1838 do Montepio Farmacêutico."
Historicamente, é sobre a Ordem dos Farmacêuticos que recai o ónus da representação política e social dos Farmacêuticos. E é por isso que a Ordem deve valorizar a sua intervenção pública e política. A recente entrevista de Aranda da Silva ao DN é um excelente exemplo do que deve ser feito: após um período de dois anos em que a Ordem dos Farmacêuticos lutou contra tudo e contra todos pelo reconhecimento social da sua existência (por exemplo, não é admissível que o Ministro da Saúde privilegie o contacto com a ANF em detrimento da OF na definição de políticas de saúde), Aranda da Silva tornou-se uma personalidade conhecida e com peso político suficiente para que as suas opiniões mereçam destaque na imprensa. E é exactamente isso que tem feito falta aos Farmacêuticos. Façamos um exercício rápido: sem recorrer ao Google, pensem no nome dos três últimos Bastonários das Ordens dos Advogados e dos Médicos. Rogério Alves, José Miguel Júdice e Pires de Lima. Pedro Nunes, Germano de Sousa e Soares Ribeiro. Agora peçam a um Advogado ou a um Médico para fazerem o mesmo em relação à Ordem dos Farmacêuticos. Aposto que vão ter apenas duas respostas: João Cordeiro e, na melhor das hipóteses, Aranda da Silva.
É isto que vamos ter que mudar no futuro da OF. Temos que ter ideias organizadas, pessoas com capacidade de intervenção e prontas a intervir rápida e frequentemente. Temos que ter os assuntos estudados e temos que analisar e prever cenários e actuações dos outros stakeholders políticos e da área da Saúde.
Enfim, a OF tem que passar a funcionar como um partido político.

Em contra-ciclo

Provavelmente o melhor texto publicado neste blogue:

Esta campanha para a eleição na Ordem dos Farmacêuticos evidenciou o que há muito temia: um grupo societário de mal consigo próprio sem perceber porquê.
Determinadíssimo e muito forte na defesa daquilo que a sociedade tem sistematicamente vindo a rejeitar - grupos que se pretendem impor à custa de valores que a sociedade já não percebe nem assume como seus -, mas muito frágil na captação de reconhecimentos exteriores que alavaquem a sua projecção sócio-política: procurar encher o tanque pelo ralo do escoamento constituiu um traço comum a muitas mensagens "oficiais" de campanha, e a muitos comentários "bloguísticos".

Pena que assim seja !

O mais pequeno esgar de proposta intelectualmente mais elaborada ou foi alvo de plágio, ou foi alvo de desdém.

Exigia-se a qualquer candidato que não fizesse apelo a sentimentos primários nem a ressentimentos indesejáveis. Infelizmente a campanha de Irene Silveira em nada ultrapassou esta pobre parametrização. Penso que não o fez por mal, mas simplesmente porque agiu tal como é.

O roubo de ideias foi aqui, mais de que um plágio, uma demonstração de incontida vaidade. Um outro eixo determinante de uma candidatura que deveria incomodar as meninges funcionantes.

Mas a cosmética eleitoral não disfarça o misticismo integralista que subjaz a um pretenso discurso de mudança. Assim foi também em 28 de Maio de 1926.

E é precisamente aí que residem os maiores riscos: o fenómeno da refracção na política.

A 1ª República finou-se porque apostou na defesa das colónias. Daí a participação na 1ª Grande Guerra que lhe foi política, económica e financeiramente fatal.

A 2ª República caiu porque insistiu na defesa das colónias. Daí a Guerra colonial que lhe foi politicamente fatal.

Quem tinha razão ? Eram os Homens do 28 de Maio progressistas ? Eram os pais da 1ª República conservadores ?

A motivações aparentemente iguais nem sempre correspondem causas semelhantes.

O fenómeno Irene Silveira nada tem a ver com outras eleições em que dois candidatos se defrontaram. O fenómeno Irene Silveira é um sinal da uma crise mais profunda: o da existência de uma corrente de pensamento e de opinião em contra-ciclo com a história.

Mas não foi Portugal sempre assim ?

Ordem para Intervir

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Sessão de esclarecimento/debate

Hoje, pelas 21:00, no Hotel Meliá Ria, em Aveiro, com a presença do Prof. Francisco Batel Marques, candidato pela Lista E à Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos.

Entrevista de Batel Marques ao Diário As Beiras

BATEL MARQUES
“Profissão traz mais-valias”


Francisco Batel Marques e António Antunes lideram as listas candidatas à presidência da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos (OF) e disputam, no próximo dia 21, os votos de cerca de 1500 farmacêuticos nos seis distritos da zona Centro. Batel Marques encabeça a Lista E, que apoia para bastonária Filomena Cabeça. António Antunes é o líder da lista F, que apoia a candidatura de Irene Silveira para bastonária.

DIÁRIO AS BEIRAS – Porque decidiu candidatar-se à presidência da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos?
Batel Marques – Há princípios, há causas e há valores, e quando eles são postos em causa está na altura de exercermos civicamente a nossa actividade. Candidato-me por uma questão de valores e princípios intrínsecos. E esses valores são os da defesa intransigente da saúde pública e do direito da segurança dos cidadãos em relação aos medicamentos. Os princípios são centrar a profissão farmacêutica naquilo que já foi, que é ser uma profissão central no sistema de saúde, uma profissão que traz mais-valias mensuráveis à produção do bem saúde.

A actual fase de mudanças no sector coloca importantes desafios à classe farmacêutica?
Enormíssimos, talvez os maiores desde há décadas. O primeiro advém de o Governo ter decidido autorizar a comercialização de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias, num modelo que é único no mundo. Não concordo com a venda de medicamentos fora das farmácias, mas este modelo, de criar lojas para vender medicamentos, traz mais problemas que soluções. Quer na perspectiva política, quer na perspectiva económica, quer na perspectiva dos cidadãos, porque de facto a acessibilidade não aumentou, as novas lojas instalaram-se junto das farmácias que já existiam. Por outro lado, se se exige que uma farmácia tenha um farmacêutico responsável, porque é que nestas lojas este filtro de segurança é facilitado, uma vez que elas podem funcionar sem a presença efectiva de um farmacêutico.

Outro desafio é a liberalização da propriedade das farmácias?
Estamos perante um cenário de liberalização da propriedade da farmácia, os não farmacêuticos irão ter a possibilidade de ter farmácias. Todas as experiências liberalizadoras levaram à concentração vertical ou horizontal, quem investe neste sector não sendo farmacêutico é um investidor que quer tirar mais-valias. Esta decisão entrega à voracidade, ao mercantilismo, uma actividade cujo bem, que é o medicamento, é um bem de saúde. A Ordem tem aqui um papel importantíssimo, de exigir que o profissional que é responsável por este estabelecimento tem que ter uma posição no sistema de saúde, e sob o ponto de vista legal, técnico-científico, ético e dentológico, muito bem caracterizada, para garantir ao cidadão que a independência técnica no acesso ao medicamento está separada do domínio económico.

Esses são desafios que se colocam ao nível da farmácia de oficina. E noutras áreas?
O farmacêutico hospitalar é por excelência um prestador de serviços muito diferenciado, no âmbito da selecção e utilização de medicamentos no hospital. Este ambiente que permite o desenvolvimento de actividades da farmácia clínica é algo que é nossa preocupação, no esteio de uma linha em que o farmacêutico é reconhecidamente o profissional de saúde que na sociedade tem a responsabilidade sobre a segurança dos medicamentos e a sua utilização mais favorável na relação risco/benefício e custo/efectividade. É uma área que tem que ser reforçada, o poder político deve perceber que ter farmacêuticos licenciados em hospitais não é um gasto, é um investimento, que noutros países demonstrou ser custo-efectivo. Os farmacêuticos são também tradicionalmente analistas clínicos e queremos promover a sua excelência profissional. Estes profissionais têm sido um fortíssimo agente de saúde pública, pela qualidade dos serviços que prestam, e têm sido muito penalizados, pelas convenções, no retorno financeiro do enorme investimento que fazem no sector das análises clínicas, onde houve liberalização e assistimos à concentração de capital financeiro.

Os farmacêuticos têm um papel importante em várias áreas?
Temos ainda farmacêuticos que trabalham em análises da área da saúde pública, como as biológicas ou bromatológicas, e podem estar ligados a centros de saúde ou autarquias, onde desempenham um papel bastante importante. Pensamos que a região Centro deve ser um pólo de excelência na saúde em Portugal, e a região como cluster da saúde tem também exemplos de empreendedorismo na indústria farmacêutica de enorme sucesso. Destaco por exemplo a Bluepharma, a Labesfal, a Labialfarma e o Laboratório Basi. Para a nossa população temos uma alta densidade de indústria farmacêutica.

Se for eleito, quais serão as suas prioridades de acção?
Queremos desenvolver o contacto permanente com a sociedade civil. A prioridade é entabular contactos regulares para explicar à sociedade civil o que são os farmacêuticos, as farmácias, a actividade farmacêutica e as dificuldades que têm. E pretendemos estabelecer contactos regulares de colaboração mútua com os partidos políticos com assento parlamentar, para que não tomem decisões menos fundamentadas. Na actual direcção da Ordem foi feito um estudo pelo ISCTE que demonstra, entre outras coisas, que há mais-valias mensuráveis que passam pelos farmacêuticos, designadamente poupar recursos em consultas médicas. Há alguém que não tenha ido já a uma farmácia para resolver um problema de saúde? O nosso sistema de saúde não integra este valor, criam-se linhas telefónicas para avaliar uma dor à distância e negligencia-se um técnico com formação superior. Não pode ser, é nesta dimensão que queremos pôr a questão: somos uma mais-valia, é reconhecido pela população, e o sistema de saúde tem todo o interesse em incorporar esta capacidade instalada que está sub-aproveitada.

O processo de revalidação da carteira profissional está a correr bem? O que preconiza?
O princípio para mim é inquestionável, é uma mais-valia que os farmacêuticos têm. Há aspectos do processo que correram bem, há outros que não correram bem, todos os processos têm zonas de luz e de sombra e este tem muitas zonas de sombra. Penso, e vamos promovê-lo, que temos que fazer logo após o acto eleitoral um debate rápido mas profundo sobre este modelo de renovação, em dois aspectos. Por um lado, saber se a Ordem deve ter um papel regulador ou um papel prestador de formação. Os farmacêuticos devem perceber que se quem regula forma há um conflito de interesses. Por outro, clarificar se a Ordem credita actividades ou certifica entidades formadoras. E se se exigisse a renovação da carteira têm que se dar condições para que todos a ela tenham acesso, tem que ser um processo inclusivo.

Porque apoia a candidatura de Filomena Cabeça a bastonária da OF?
Porque é a candidatura que no plano dos princípios se identifica connosco e é a candidatura que nos dá garantia de ter a nível nacional uma equipa capaz de estar à altura dos desafios que estão aí.

Porque é que os farmacêuticos da região devem votar na Lista E?
Por razões óbvias.

Notícia do Diário de Notícias

Na recta final do seu mandato, Aranda da Silva surge em grande forma e com um discurso absolutamente demolidor:






Alegações finais de Aranda da Silva (BASTONÁRIO DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS): "Muita coisa no acordo não está no papel"





Mais de um ano depois, o acordo entre o Governo e a Associação Nacional de Farmácias [ANF] está na maioria por cumprir. Isso é bom ou mau?

Deve fazer essa pergunta ao dr. João Cordeiro [presidente da ANF]. Eu não fui ouvido. Como foi feito sem garantias, o Governo está a avançar apenas com as medidas prejudiciais para as farmácias.

Acredita que alguma vez será todo cumprido?

Tenho muitas dúvidas. O Governo, e em especial o ministro da Saúde, é autista em relação aos estudos com consistência técnica e minado por preconceitos ideológicos.

Alguma vez imaginou que seria o último bastonário dos Farmacêuticos enquanto proprietários únicos?

Foi uma grande surpresa. Não conhecia essa posição ao PS, que sempre defendeu que a liberalização não era solução. E não constava do programa de Governo. A medida lança a suspeita de ser uma cedência a interesses que mais cedo ou mais tarde vão ser conhecidos.

Quer concretizar?

A saúde é um grande negócio. Vamos assistir à entrega a grupos económicos que nada têm a ver com a saúde, que vêem o sector como actividade comercial, desligando-o da sua essência e tendo como objectivo o lucro. É conhecida desde 2004 a posição dos grossistas exigindo ao Governo a liberalização...

A ANF é a face do sector, e a Ordem dos Farmacêuticos (OF) ficou na sua sombra?

Há um movimento do Governo de limitar o papel das ordens. O neoliberalismo é a corrente ideológica dominante. É preocupante que hoje não seja a Organização Mundial da Saúde a determinar as políticas, mas a OCDE, uma organização de carácter económico e de mercado. Estamos a assistir a uma desregulamentação da farmácia e também do farmacêutico e de outras profissões. Enviámos propostas sem qualquer tipo de acolhimento, com o argumento de que não era prioritário.

Porque é que acha que a OF ficou de fora?

O Governo sabe a nossa posição e sabe que não a negociamos. A OF não ia ceder, tem interesses muito diferente dos da ANF, que só representa os proprietários. E foi marginalizada.

Está a dizer que João Cordeiro negociou o que não devia ser negociado...

O acordo andou a ser negociado durante meses. Deve haver muita coisa no acordo que não consta do papel mas que mais cedo ou mais tarde se vai saber.

Em fim de mandato, arrependeu-se de alguma coisa? Sentiu-se isolado, mesmo em relação à ANF?

Sim, senti que a ANF devia ter falado com a OF e não o fez. Em termos políticos, há também um grande isolamento das nossas posições. É muito difícil ter feito diferente. Havia consenso de todos os partidos, menos do PCP. Há nitidamente uma influência económica na definição das políticas. Cada vez mais o poder económico está perto do poder político. O poder político está capturado por interesses económicos.

No confronto Correia de Campos-João Cordeiro, quem saiu perdedor?

Os dois. Os farmacêuticos. Principalmente os doentes.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Sessões de Apresentação

Hoje, 13 de Junho, sessão de apresentação/debate da candidatura da Lista E à Secção Regional de Coimbra, com a presença do Prof. Batel Marques. Às 21:00, na sede da Ordem dos Farmacêuticos, em Coimbra.

Notícia do Diário de Notícias






Compromisso com a Saúde está por concretizar





A maioria das principais medidas previstas no Compromisso com a Saúde do Governo ainda estão por cumprir ou à espera de regulamentação. Do documento negociado pelo secretário de estado adjunto do primeiro-ministro, Filipe Baptista, e o líder da Associação Nacional de Farmácias (ANF), João Cordeiro, a 26 de Maio de 2006, tendo em vista a liberalização da propriedade das farmácias e a melhoria do acesso dos cidadãos aos medicamentos, apenas duas das principais medidas estão no terreno.

A mais emblemática de todas - a eliminação da reserva de propriedade da farmácia por farmacêuticos - só ontem recebeu a autorização legislativa por parte da Assembleia da República. O Governo terá agora mais 180 dias para alterar uma legislação que remonta a 1965, faltando ainda depois a necessária regulamentação. Esta medida surgiu só depois da intervenção da Autoridade da Concorrência (AdC) em 2005, que analisou a fundo o sector, tendo chegado à conclusão óbvia: falta de concorrência.

O futuro decreto-lei irá alterar o número de farmácias por proprietário de um para quatro; alterar o regime de incompatibilidades, fixar condições de acesso, de venda e cedência de licenças.

Fonte do Infarmed disse que "não é possível estipular a abertura de farmácias sem regulamentação" e afirmou que antes dos concursos "terá de ser feito um levantamento dos locais mais adequados". Nos últimos concursos, as "204 farmácias foram abertas em três anos". Neste caso, com regras distintas, não é possível saber quando é que as 300 novas farmácias vão abrir.

Apesar das evidências, as contas do Ministério da Saúde apontam apenas para cinco medidas do Compromisso por concretizar. O facto é que algumas das medidas que o Ministério considera estarem cumpridas, ainda estão dependentes de regulamentação para entrarem efectivamente em vigor.

Para já, a medida mais importante que já está no terreno prende-se com o alargamento do horário das farmácias para 55 horas e o fim das taxas moderadoras em receitas urgentes.

Outra das medidas mais importantes do plano prende-se com a generalização da prescrição de medicamentos pela Denominação Comum Internacional (DCI), isto é pelo princípio activo, e não pela marca do laboratório.

Fonte do Ministério garante que 70% das prescrições nos centros de saúde já são feitas por DCI, mas vários farmacêuticos contactados pelo DN negaram categoricamente esta percentagem: "Nem pensar nisso. A maioria das prescrições continuam a ser feitas por marca", dizem.

Um documento facultado pelo próprio ministério também contradiz a aplicação da medida: "a melhor forma de implementar esta cláusula ainda se encontra em estudo", lê-se.

Outra das medidas mais importantes, a dispensa de medicamentos por unidose em ambulatório, continua no papel. "Continua em estudo", referiu a porta-voz do Ministério. Neste momento, ainda só está prevista em projecto de decreto-lei para as farmácias dos hospitais, faltando a concretização em portaria. Em Abril, o ministro da Saúde, Correia de Campos, disse que só depois de analisadas vantagens e inconvenientes é que iria equacionar a aplicação às outras farmácias (privadas).

No caso da venda de medicamentos à distância (Internet e entrega ao domicílio), aguarda-se também a regulamentação.

Um outro aspecto que suscitou polémica foi a venda de medicamentos distribuídos pelo hospital nas farmácias (casos de terapêuticas dispendiosas como a oncológica), mas, uma vez mais, o ministério refere que a melhor forma de implementar a medida está em estudo.|

Notícia do Diário As Beiras

FARMÁCIAS
Liberalização “nas mãos” do Governo
O Governo tem seis meses para apresentar a nova legislação que permita a qualquer pessoa ser proprietária de uma farmácia, até agora um exclusivo da classe farmacêutica, segundo um diploma ontem publicado em Diário da República.
“Cabe ao Governo adoptar as medidas que salvaguardem o interesse público”, afirmou ontem a Ordem dos Farmacêuticos, em comunicado, manifestando “uma vez mais a disponibilidade e empenho numa solução que promova a qualidade e o interesse dos doentes, com salvaguarda dos interesses soberanos do próprio Estado”.
A Ordem dos Farmacêuticos continua a sustentar “elevadas reservas e discordância sobre as medidas anunciadas, nomeadamente em relação aos elevados riscos que encerra o cenário de liberalização e concentração económica deste sector”, lê-se no comunicado. Nesse sentido, “já remeteu ao governo diversas propostas suportadas por pareceres e estudos científicos de Joaquim Gomes Canotilho, do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra (CEISUC) e do ISCTE, sobre a responsabilidade social e satisfação dos doentes”.
“Ao contrário do estudo encomendado pela Autoridade da Concorrência, eivado de limitações, erros e insuficiências que motivou a elaboração de recomendações ao Governo, os estudos apresentados publicamente foram escrutinados por peritos independentes, sendo notória a sua relevância e credibilidade”, refere o texto.
“Em nenhum país europeu se alcançaram outros benefícios com a liberalização económica de farmácias que não fossem a valorização e lucro de grupos económicos que rentabilizam as farmácias à custa da concentração territorial e diminuição de acessibilidade da população e da diminuição da qualidade do serviço prestado”, alerta ainda a Ordem dos Farmacêuticos.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Sessões de Apresentação

Hoje, pelas 21:00, o Prof. Batel Marques estará em Viseu, no Hotel Montebelo, para mais uma sessão de apresentação/debate.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

A Arte do Copy-Paste


Simplesmente lamentável !

Recentemente - hoje - a candidata a bastonária pela lista B incluiu no seu site uma nova rubrica intitulada reflexões para uma candidatura.

Por favor, comparem o que lá se escreve com os manifestos eleitorais das listas A (nacional) e principalmente E (regional de Coimbra) distribuídos e publicados em suporte electrónico na semana passada!!!

Depois de sol e calor, morangos e açúcar, Pelé e Garrincha, "copy" e "paste" serão seguramente das melhores combinações da história. Não é à toa que a Microsoft conquistou lugar de destaque no Plano Tecnológico: esta invenção é perfeitamente revolucionária e faz com que mesmo quem não tem ideias possa apresentar reflexões para a sua candidatura.
Há pelo menos uma vantagem na Lista B: sabe identificar e aproveitar as boas ideias e com esta atitude mostra que as nossas "reflexões" são boas e têm valor.
Aliás, são tão perfeitas que nem vale a pena introduzir-lhes alterações. No entanto, há uma pequena questão que se impõe... se for eleita, a lista B vai copiar por quem?

Notícia do Diário As Beiras

Utentes dão nota positiva a serviços farmacêuticos
Os portugueses distinguem a qualidade dos serviços prestados pelas farmácias da que é assegurada por outras entidades de saúde, como centros, hospitais ou consultórios.

Mais de 75 por cento das farmácias portuguesas garantem práticas de responsabilidade social. Esta é uma das conclusões do estudo Responsabilidade Social no Sector das Farmácias em Portugal, apresentado recentemente em Lisboa e elaborado pelo GEST-IN/ISCTE.
Entre estas práticas, destaca-se o envolvimento no programa da Valormed, o apoio à promoção e utilização de medicamentos genéricos, o apoio a instituições sociais e o encaminhamento ou indicação de doentes para consulta médica.
Por outro lado, metade das farmácias envolvidas neste estudo esteve ou está associada a campanhas de cessação tabágica, programas de identificação de suspeitos de risco em doenças crónicas, programas de cuidados farmacêuticos na diabetes e em programas de cuidados farmacêuticos na hipertensão.
O estudo indica também que os utentes das farmácias avaliam positivamente a qualidade dos serviços por estas prestados, sendo capazes de diferenciar este nível de qualidade do que reconhecem noutras entidades (como os centros de saúde, hospitais ou consultórios).
Já o investimento do sector das farmácias em programas de intervenção na comunidade ultrapassou, no ano passado, os 4 milhões de euros, seja por financiamento directo, seja pela formação inerente à sua realização.
Realizado pelos investigadores do GEST-IN/ISCTE, Alzira Duarte, Francisco Nunes e Luís Martins, a partir de uma solicitação da Ordem dos Farmacêuticos, este estudo teve como objectivo principal caracterizar e avaliar a dimensão da responsabilidade social das farmácias portuguesas. Para o desenvolvimento deste projecto, os autores do estudo contaram com a participação de cerca de 1400 farmacêuticos e 1200 utentes de farmácias.
O trabalho realizado pelos investigadores do ISCTE insere-se num conjunto de estudos e pareceres solicitados pela Ordem dos Farmacêuticos a diversas entidades independentes em torno do sector farmacêutico. Responsabilidade Social no Sector das Farmácias em Portugal sucede-se, assim, às perspectivas jurídica, da autoria do constitucionalista Joaquim Gomes Canotilho, e económica, da responsabilidade do Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra, sobre os efeitos de uma desregulamentação do sector das farmácias no nosso país.

Batel Marques em Leiria

Hoje, pelas 21:00, no NERLEI - Núcleo Empresarial da Região de Leiria, sessão de apresentação/debate da Lista E (candidata à Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos).

sábado, 9 de junho de 2007

Allons enfants de la patrie, le jour de gloire est arrivé!


Roselyne Bachelot-Narquin, a nova Ministra da Saúde francesa, é Farmacêutica.

Este post foi actualizado com um comentário do "Ordem para Intervir":

Trata-se de um acontecimento político de grande significado para todos os farmacêuticos.

Ao contrário deste país, onde nos últimos dois anos cheirar a farmacêutico tem sido pior do que ter uma doença infecto-contagiosa de prognóstico mortal assegurado a curto prazo, a França dá sinais de que o mundo está mesmo a mudar.

O mau ciclo que agora vivemos em Portugal vai, seguramente, ser ultrapassado. Mas nunca vi, no auge da crise, que raiou a perseguição aos farmacêuticos, quem quer que fosse da Lista B a dar a cara em público, a intervir politicamente ou a manifestar-se de forma detectável, pela defesa da profissão. Ao contrário, foram aqueles que integram ou apoiam a lista A quem deu a cara, quem se bateu na comunicação social, escrevendo, publicando, indo a debates e a entrevistas. Arcando com acusações públicas de serem suspeitos por defender ... as posições das associações farmacêuticas, incluindo as da Ordem.

Enquanto a profissão is ardendo em lume brando, nunca a presidente da mesa da Assembleia Geral da Ordem produziu a mais leve intervenção. E, ao que parece, segundo agora alardeia, tem acesso facilitado ao poder.

Somos uma profissão revoltada - justamente revoltada !

O actual poder político tem-se comportado miseravelmente para com os farmacêuticos.

Mas da candidata Silveira só saiu o "sounde bite" de acabar com a renovação da carteira profissional.

Se esta profissão tiver memória curta corre o risco de não ter futuro.

VIVE LA FRANCE !

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Próximas sessões de campanha


O Prof. Batel Marques e a sua equipa candidata à Secção Regional de Coimbra vão continuar a percorrer a Região Centro nos próximos dias para várias sessões de apresentação e debate, sempre a partir das 21:00:
- Segunda-feira, 11 de Junho, em Leiria, no NERLEI-Núcleo Empresarial da Região de Leiria;
- Terça-feira, 12 de Junho, em Viseu, no Hotel Montebelo;
- Quarta-feira, 13 de Junho, em Coimbra, na sede da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos;
- Quinta-feira, 14 de Junho, em Aveiro, no Hotel Meliá Ria.

Notícias da Ordem

Boletins de voto enviados
Eleições 2007

Já foram remetidos a todos os farmacêuticos eleitores os respectivos boletins de voto para participar no acto eleitoral para o triénio 2007-2010. Os farmacêuticos que optem pelo voto por correspondência devem enviar os respectivos boletins de voto, de acordo com as instruções remetidas, de forma a chegarem à Ordem dos Farmacêuticos até 21 de Junho.
O processo eleitoral referente ao sufrágio de 21 de Junho já está a decorrer. Durante esta semana foram remetidos a todos os farmacêuticos com inscrição regular nos cadernos eleitorais os respectivos boletins que permitem exercer o direito de voto.

Assim, após a recepção dos boletins e informação eleitoral de listas candidatas, é possível efectuar a votação por correspondência de acordo com as instruções de voto também remetidas. Depois de assinalado o voto em cada um dos boletins, respectivamente órgãos nacionais e órgãos regionais, devem ser inseridos no sobrescrito branco que acompanhará a minuta de votação devidamente preenchida e fotocópia do Bilhete de Identidade do eleitor.

O envelope RSF contendo os boletins, minuta de voto e fotocópia de BI deverá ser encaminhado por via postal de forma a garantir a sua recepção nos serviços da Ordem dos Farmacêuticos até ao dia 21 de Junho de 2007.

Durante o dia 21 de Junho funcionarão também mesas de voto nas Secções e Delegações Regionais da Ordem dos Farmacêuticos que permitirão exercer o direito de voto de forma presencial para os respectivos farmacêuticos inscritos.

A votação para os Colégios de Especialidade pode igualmente ser efectuada por correspondência, em moldes idênticos, ou presencialmente no dia 21 na sede nacional da Ordem dos Farmacêuticos em Lisboa.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Porque é que o Dr. Carvalho da Silva não poderia ser Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos


Numa fase em que os tempos estão mais difíceis do que nunca para os Farmacêuticos, é importante que o próximo Bastonário saiba posicionar-se publicamente: a licenciatura em Farmácia ou Ciências Farmacêuticas numa universidade acreditada pela OF não basta para que tudo volte a ser como antes para os Farmacêuticos portugueses. Para termos sucesso num mercado de grande competição global hoje em dia só há duas opções: ou somos muito bons ou muito baratos. E isto aplica-se a todos os sectores de exercício profissional dos Farmacêuticos.
Uma vez que penso que não haverá ninguém que queira ser muito barato (para isso existem os técnicos e os licenciados dos politécnicos), só nos resta sermos mesmo muito bons, para que o mercado de trabalho e a sociedade em geral continuem a precisar e a preferir Farmacêuticos.
É aqui que reside o principal desafio da OF: temos que encontrar uma forma de garantir que os Farmacêuticos do futuro são profissionais cuja contratação é uma excelente decisão para as empresas e temos que fazer com que as farmácias e laboratórios de análises clínicas sob propriedade e direcção Farmacêutica se afirmem pela qualidade e mantenham e ampliem o reconhecimento social de que actualmente já beneficiam.
É importante que os Farmacêuticos ocupem posições de liderança também no âmbito no SNS (e aqui os Farmacêuticos hospitalares poderão ter um papel central de parceria com os governos e administrações de serviços de saúde) e da investigação científica, afirmando-se como referências também para a comunidade científica e intelectual.
Depois disto estar feito, tudo será mais fácil.
Se esperarmos sentados, a OF e a sua futura Bastonária mais não serão que Carvalhos da Silva de saias, berrando nas manifestações enquanto o país encolhe os ombros e assobia para o lado e as multinacionais levantam arraiais em direcção ao Leste.
Mas atenção: nada disto exclui a necessidade de uma política de firmeza e coerência perante o poder político. A questão é que quando se é firme sem ter os pés em terra firme cai-se no ridículo. E se isso acontecesse, mais não restaria ao futuro Bastonário que ficar sentado sozinho, a contar as migalhas das greves gerais com as quais possivelmente nem ele próprio concordaria e à quais apenas adeririam meia dúzia de gatos pingados...

Chegou à caixa de correio dos Jovens com Cabeça...

Uma carta de um colega que me escreveu (a mim e a mais algumas pessoas) a propósito do processo de renovação da carteira profissional (ligeiramente adaptada e censurada para que seja possível a publicação...;-)):

Após uma longa e produtiva conversa de dois minutos com uma colega e mentora no sector, e por achar que sou parte importante no mesmo….eheheheheheheh, pedia ao nosso presumível ilustre futuro “fiscalista” da secção de Coimbra, caso tenha acesso aos dois, o envio dos programas das listas a concorrer nas próximas eleições. Aliás… eu até prescindo do envio dos mesmos! O que me interessa na realidade saber é qual das candidaturas vai acabar com os moldes em que a actual fantochada da reavaliação/renovação da carteira profissional se encontra. Para chulos já bastam os da bola. Contudo, com estes só é sócio quem quer e eu sempre posso beber umas bejecas a ver os jogos!

Resumindo, baralhando e ofendendo! Eu até me estou nas tintas para quem será a próxima Bastonária da Ordem, pode inclusivamente ser um ex-aluno da Universidade Independente, desde que não me obrigue a pagar uma pipa de massa para assistir a formações de mer.. para renovar a carteira profissional.

... à qual eu respondi mais ou menos assim (resposta também mais ou menos adaptada à publicação num blogue que se pretende sério e respeitável...):

Caríssimos:

A minha lista promete tudo - rigorosamente tudo! E ainda distribuímos frigoríficos, espremedores de citrinos e pequenos fornos micro-ondas para quem provar ter votado A, E, N ou I!
Agora a sério: essa é uma questão central nestas eleições.
A minha lista está profundamente empenhada em rever e melhorar o sistema, sobre o qual subscrevo inteiramente as palavras do nosso colega: o que existe actualmente é uma perfeita imbecilidade feita para enriquecer meia dúzia de chicos-espertos.
No entanto não há ainda um modelo definido para o modo como este processo vai decorrer: há pelo menos o consenso de acabar com um sistema em que é possível renovar a carteira após assistir a 15 formações sobre diarreia ou a 7 apresentações do "kit recursos humanos" da ANF... (estes são exemplos reais...).
As ideias que estão em cima da mesa passam por uma maior participação das faculdades no processo (mesmo que a formação seja dada por pessoas de fora das faculdades), pela certificação de entidades formadoras (a associação dos amigos do carocho deixará de poder organizar umas palestras em que a malta vai ouvir falar do melhor mês para reproduzir os ditos em troca de 0,4 CDPs) e pela criação de um sistema que acabe com a formação a preços milionários, tanto mais cara quantos mais créditos der.
Embora pessoalmente eu também preferisse não ter que renovar a carteira, a verdade é que temos que perceber a importância estratégica deste sistema: é isto que nos separa dos técnicos de farmácia com a quarta classe e do pessoal dos cursos politécnicos de Farmácia, que mais cedo ou mais tarde vão tentar (aliás, já o estão a fazer) ter o mesmo estatuto que nós. Ou seja, se queremos comer a carne (leia-se ter ordenados de indivíduos altamente qualificados e capazes), temos também que comer os ossos (fazer a renovação).
A outra lista propõe acabar com o sistema (embora alguns dos seus elementos tenham participado na sua criação), uma vez que não tem a nossa capacidade financeira para distribuir pequenos electrodomésticos pelos farmacêuticos e se não o fizesse não teria nada para oferecer... esta é uma medida populista e que dará muito jeito às senhoras de 65 anos cujo saber de experiência feito será valorizado pelo carimbo automático da pseudo-renovação. No entanto, é também uma proposta profundamente irresponsável, que a médio prazo teria custos altíssimos (e estou mesmo a falar de dinheiro) para todos os farmacêuticos.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Notícia do Diário de Notícias

Razões para uma candidatura e bases programáticas da lista candidata à Secção Regional de Coimbra

Lista E

Uma ORDEM para INTERVIR


Razões para uma candidatura

Introdução

A Classe Farmacêutica situa-se, actualmente, no epicentro de mudanças e de reformas do sistema português de saúde e do serviço nacional de saúde, também elas decorrentes de alterações profundas da sociedade em que vivemos. A natureza e os objectivos de tais processos fazem com que hoje o papel da Ordem seja (talvez como nunca o foi), mais do que importante, decisivo e insubstituível para a profissão de Farmacêutico.

Daqui que uma decisão de candidatura, no actual contexto político, se tenha de constituir num acto cuidadosamente ponderado, cuja fundamentação seja, sob os pontos de vista profissional, técnico-científico e político, suficientemente robusta para a justificar e lhe conferir zonas de êxito no termo do mandato. Não se pode tratar – nem encarar -, por conseguinte, qualquer candidatura apenas como uma decisão de efeitos práticos imediatos, mas sim como a primeira etapa de um trajecto que se antecipa muito difícil nos seus pontos de partida (2007), e que comporta, à luz do presente, muitas áreas de indefinição nos seus pontos de chegada (2010).

Elencamos, à luz destes pressupostos, factos que dão corpo às razões que fundamentam esta candidatura:

  1. Cronologia de um passado recente: dois exemplos

Foi a partir de 1999 que as questões mais directamente ligadas à profissão farmacêutica assumiram, claramente, a dimensão de prioridade política. No debate então levado a cabo por iniciativa da Presidência da República (vertido na obra “Problemas e Propostas para o Sistema de Saúde”, INCM, 1999), Diogo de Lucena introduzia para o debate da saúde em Portugal:

    “... as questões ligadas à produção e distribuição de remédios, formam um terceiro conjunto de tópicos que não pode ficar esquecido neste debate. As relações do sistema de saúde com a indústria farmacêutica e com as farmácias são de uma enorme importância e a discussão tem sido aqui particularmente distorcida por argumentos que se prendem com a defesa - legítima, na minha opinião – de interesses particulares muito fortes (...) As questões dos genéricos, da regulação dos preços, dos esquemas de comparticipação, da legislação sobre as farmácias, são politicamente mais difíceis de discutir porque suscitam fortes reacções. O problema aqui não é o de a reacção dos agentes que são envolvidos pelas decisões ser ignorada, mas o de ter peso a mais em detrimento do interesse geral”.

Também desde os finais da década de 90 do século passado, instituições e organismos internacionais como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), de entre outras, situaram os sistemas de saúde como peça nuclear do desempenho económico dos países, propondo e monitorizando reformas (incluindo quer os sistemas, quer os serviços), de que Portugal é exemplo.

A este propósito nunca será demais recordar que de entre as recomendações emitidas pela OCDE em 2004, com vista a aumentar a eficiência e a competitividade do sistema português de saúde, contam-se:

    - a liberalização dos locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica;

    - a liberalização dos preços dos medicamentos;

    - a desregulação do sector farmacêuticos e

    - a desregulação da profissão farmacêutica.


2. O problema emergente da competição em saúde e nas profissões de saúde

A regulação das profissões de saúde, particularmente no que sobre a criação de barreiras à entrada diz respeito, tem como objectivo essencial defender os cidadãos dos prestadores não qualificados. A entrada de novos actores (por vezes com titulações profissionais erróneas ou, no mínimo, confusas) pode colocar, particularmente quando confluentes com intenções políticas pautadas pelo objectivo primeiro de contenção de custos, a competição em falsos patamares. Melhorar o desempenho do sistema de saúde tem necessariamente de contar com o concurso das profissões, cuja base de autonomia se estabelece pela diferenciação técnico-científica e pelo objecto da actividade. Concorrer em saúde pelo preço e não pelo valor acrescentado, demonstrou comprometer a qualidade, aumentar os custos e piorar os indicadores de resultados.

A profissão farmacêutica tem vindo a ser questionada, e discutida publicamente, em tons mais de ameaça e menos de reconhecimento. As medidas de política sobre as farmácias, os farmacêuticos e os medicamentos, colocaram em causa um modelo organizacional e prestativo, cujas propostas alternativas carecem de demonstração de vantagens e de ganhos para os cidadãos. Não constituindo, reconhecidamente, a assistência farmacêutica e a cobertura medicamentosa quer ambulatória, quer hospitalar, uma qualquer insuficiência grave do sistema de saúde, a realidade é que à profissão estão colocados novos alinhamentos nos planos político, económico, técnico-científico e profissional.



3. Futuro e conjuntura

Um acto eleitoral, neste momento, deve ajudar a pensar. A maioria da actividade farmacêutica (farmácias comunitárias, distribuição grossista, análises clínicas e, por maioria de razão, as diversas áreas da indústria farmacêutica) caiem nos designados “serviços contratados” pelo sistema de saúde, ainda que as mesmas actividades possam coexistir como “serviços integrados” (farmácia hospitalar e análises clínicas nos hospitais públicos, por exemplo) no mesmo sistema.

Um olhar atento sobre a reforma dos cuidados de saúde primários revela alguns pontos nodais substantivos:

- modelo organizacional desconcentrado;

- acessibilidade e proximidade;

- foco nas determinantes do binómio saúde/doença e orientação para a prevenção;

- multidisciplinaridade;

- governação clínica e auto-regulação profissional;

- contratualização das actividades e

- remuneração e financiamento de acordo com objectivos mensuráveis.

De igual modo, um olhar sobre a evolução do hospital público, desde os diferentes modelos de gestão até à empresarialização, conduz-nos à identificação de uma clara alteração no trajecto do papel do Estado, agora menos prestador e mais regulador.

A profissão farmacêutica tem de compreender, nos seus diversos domínios de actividade, que os reflexos que, para si própria, as mudanças em curso acarretarão, não são meramente conjunturais, antes compreendendo determinantes do seu futuro.

Trata-se de uma evolução de paradigma ditada por modificações profundas quer do lado da procura, quer do lado da oferta.

Assim, doentes, médicos e farmacêuticos são alvos de novas estratégias do lado da procura, ao passo que os bens e serviços que representam encargos financeiros para as terceiras entidades pagadoras são alvo de novas estratégias do lado da oferta.

No futuro, e dadas as coordenadas do presente, os paradigmas organizativos, técnico-funcionais e económicos da actividade farmacêutica serão significativamente diferentes daqueles a que nos habituámos nos últimos 30 anos.

Mas, curiosamente, a ideia de inclusão dos farmacêuticos e de modelização das suas actividades no sistema de saúde não tem presidido ao discurso que, sobre a profissão, os decisores políticos em saúde têm produzido. O que consideramos constituir um erro estratégico para os cidadãos, para o Sistema de Saúde e para o País.

  1. Conclusão

Candidatamo-nos porque entendemos que a acessibilidade, a equidade no acesso, a eficiência técnica e a eficiência económica não se alcançam hoje, em qualquer sistema de saúde, sem o concurso dos Farmacêuticos.

Candidatamo-nos porque entendemos ser necessário centrar profissão na prestação de serviços, orientada para a obtenção mensurável de ganhos em saúde.

II

Bases Programáticas

Qualificações

  1. Promover e reforçar a capacidade técnico-científica dos Farmacêuticos em todos os níveis da sua actividade.
  2. Rever, com vista ao seu aperfeiçoamento, o actual sistema de Qualificação e Acreditação, sem comprometer o papel regulador da Ordem dos Farmacêuticos.
  3. Garantir a adequação da oferta formativa em exercício aos mais elevados padrões de qualidade científica e pedagógica.
  4. Garantir a adequação da oferta formativa em exercício às necessidades de melhoria contínua do desempenho profissional.
  5. Investir na diferenciação profissional, designadamente no domínio das especializações conducentes à verificação de necessidades do sistema de saúde.

Competências

  1. Propor, justificadamente, a criação e a regulamentação de quadros de competências para os Farmacêuticos no Sistema de Saúde em função das áreas de desempenho.
  2. Propor e apoiar a criação de carreiras profissionais autónomas e diferenciadas em correspondência às áreas de especialidade.
  3. Criar, na Ordem, a figura da Competência, por área transversal do conhecimento, em suporte a actividades profissionais e/ou como componente para a obtenção do título de Especialista.

Cooperação Universitária

    1. Cooperação e apoio às Instituições de Ensino Superior Universitário nos planos de formação pré-graduados, designadamente nos estágios.
    2. Cooperação com Instituições de Ensino Superior Universitário na formação pós-graduada, e na formação pós-graduada contínua, particularmente nas de natureza profissional e profissionalizante.

Actividades extra-murais

    1. Contactos regulares e periódicos com a Administração em Saúde para trocas de informações, discussão e resolução de questões relevantes nas áreas de actividade farmacêutica, política do medicamento e políticas de saúde em geral.

    1. Contactos regulares com a Administração Autárquica para troca de informações mútuas, facilitação da imagem profissional dos farmacêuticos e inclusão em actividades de política de saúde em geral.

    1. Contactos regulares com as Direcções Políticas Distritais dos partidos políticos com representação parlamentar, na área de influência da Secção Regional, para partilha de informação, apresentação e discussão de temas específicos à Classe e à sua actividade bem como da saúde em geral.

    1. Contactos regulares e periódicos com as congéneres das profissões de saúde: Médicos, Médicos Dentistas e Enfermeiros.

    1. Contactos regulares com as Direcções dos Centros de Saúde, na área de influência da Secção Regional, propondo e iniciando um ciclo de visitas mútuas, de um dia, em que, de modo voluntário, o médico de família vai à farmácia e o farmacêutico vai ao centro de saúde.

    1. Contactos regulares e periódicos com organismos associativos do Sector Farmacêuticos.

    1. Visitas anuais aos CA dos Hospitais do SNS e privados.


Actividades Intra-Murais

      1. Reforço da sensibilização dos Colegas para o cumprimento do Código Deontológico.
      2. Ordem Aberta: conjunto de iniciativas de carácter sócio-profissional descentralizadas por capital de distrito, com carácter anual.

Política de Saúde

    Pontos de intervenção prioritários em consonância com a Direcção Nacional



      1. Salvaguarda da independência e da responsabilidade técnico-científica e profissional na rede de acesso ao medicamento;
      2. Organização e desempenho do Sistema Nacional de Farmacovigilância;
      3. Salvaguarda da independência e da responsabilidade técnico-científica e profissional na rede de acesso ao medicamento;
      4. Organização da função Avaliação de Tecnologias de Saúde (com foco específico no medicamento) no âmbito do Serviço Nacional de Saúde;
      5. Financiamento da saúde e sistema remuneratório dos profissionais;
      6. Transparência da Autoridade Reguladora do Medicamento (INFARMED);
      7. Reforma dos cuidados de saúde primários e serviços farmacêuticos;
      8. Rede de cuidados continuados e serviços farmacêuticos;
      9. Inclusividade dos Farmacêuticos no Plano Nacional de Saúde;
      10. Acompanhamento da actividade da Entidade Reguladora da Saúde (ERS);
      11. Acompanhamento das políticas de saúde, particularmente nas suas implicações no contrato cidadãos/estado, decorrente da Constituição da República.