Comentários arrepiantes
Não é norma da nossa candidatura comentar iniciativas de outras candidaturas. Normalmente, acontece o inverso.
Esta tem sido uma campanha em que uma das candidaturas, a nossa Lista A, procurou estabelecer uma relação transparente com os farmacêuticos e em que sistematicamente a candidatura personificada pela Lista B se limitou a seguir, a denegrir, a perverter princípios, a entrar por facilitismos eleitorais e agora, pela acusação gratuita sobre selecções de textos publicados num blog por colegas procurando associá-los a esta candidatura e procurando transformar os seus comentários como posições oficiais desta candidatura.
Enfim, cada um dá o que tem, e quem não tem mais, a mais não é obrigado…
Vem esta nota a propósito do mail posto a circular pela candidatura da colega Irene Silveira com o título comentários arrepiantes.
Neste mail foram transcritos excertos da intervenção de um colega, que se identifica (inclusive com o seu número de inscrição na nossa Ordem), no blog Jovens Com Cabeça, sem nunca referir qualquer preferência por uma das listas em contenda.
Nesta intervenção este Colega insurge-se contra a intervenção do actual Bastonário (o qual é constantemente referenciado pela lista B como apoiante da nossa candidatura), a sua relação com a ANF e mostra-se adepto da liberalização total da farmácia comunitária em Portugal.
O que este mail não transcreve, dando mostras do nível de honestidade intelectual de quem o produziu, são as respostas que a coordenação do blog emitiu, essas sim reflectindo a posição oficial da nossa candidatura e do qual passamos a transcrever um excerto:
Nos últimos dias alguns comentadores têm insistentemente colocado comentários sobre a opinião da nossa candidatura relativamente à questão da propriedade da farmácia.
Assim, embora o tema também já tenha sido referido neste blogue, para que não fiquem dúvidas, cá fica o devido esclarecimento:
Nós somos obviamente contra a liberalização da propriedade da Farmácia. Nós somos contra a liberalização da instalação de farmácias. Aliás, de um modo geral, nós somos contra todas as ideias que entreguem as farmácias portuguesas às grandes redes internacionais. Somos contra todos os fenómenos de integração vertical e horizontal no sector. Porque, meus caros, não sejamos ingénuos: num cenário de liberalização não é o Farmacêutico anónimo que vai poder ter a sua farmaciazinha (alguém estaria disposto a abrir uma mercearia em frente a um hipermercado?). Na Noruega, poucos anos após a liberalização, 97% das farmácias já pertenciam a grandes redes multinacionais. No Reino Unido há menos farmácias por habitante que em Portugal. Em todos os países em que há liberalização há fenómenos de inequidade na distribuição territorial das farmácias (concentração nos grandes centros urbanos) e assimetrias na disponibilidade de medicamentos.
Esta é uma discussão que pode fazer todo o sentido para Correia de Campos, Belmiro de Azevedo, António Saleiro e outros que tais, mas que num cenário de campanha eleitoral para a Ordem dos Farmacêuticos é completamente redundante. Nenhuma direcção responsável poderá defender outra solução se quiser defender os Farmacêuticos independentes e os próprios doentes.
Numa campanha eleitoral, parece que vale tudo, mas não vale…
Numa campanha eleitoral, queremos ver projectos de construção de um futuro melhor e não o ataque pessoal, a falta de verdade, a chicana política.
Numa campanha eleitoral, queremos ver pessoas sérias, transparentes, que nos falam sobre as ideias que têm e não que vão adaptando o discurso à medida das reacções que vão (ou não…) obtendo.
Numa campanha eleitoral, também aferimos o carácter de quem se propõe governar o nosso futuro profissional…
Este episódio da lista B revela bem o que nos esperaria caso assumisse as rédeas da profissão…
Vote Bem, Vote A
Por uma única vez citaremos um slogan de outros:
Não deixe que os outros decidam por si.
Com este caso, o resultado já estaria à vista...
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