Após uma longa e produtiva conversa de dois minutos com uma colega e mentora no sector, e por achar que sou parte importante no mesmo….eheheheheheheh, pedia ao nosso presumível ilustre futuro “fiscalista” da secção de Coimbra, caso tenha acesso aos dois, o envio dos programas das listas a concorrer nas próximas eleições. Aliás… eu até prescindo do envio dos mesmos! O que me interessa na realidade saber é qual das candidaturas vai acabar com os moldes em que a actual fantochada da reavaliação/renovação da carteira profissional se encontra. Para chulos já bastam os da bola. Contudo, com estes só é sócio quem quer e eu sempre posso beber umas bejecas a ver os jogos!
Resumindo, baralhando e ofendendo! Eu até me estou nas tintas para quem será a próxima Bastonária da Ordem, pode inclusivamente ser um ex-aluno da Universidade Independente, desde que não me obrigue a pagar uma pipa de massa para assistir a formações de mer.. para renovar a carteira profissional.
... à qual eu respondi mais ou menos assim (resposta também mais ou menos adaptada à publicação num blogue que se pretende sério e respeitável...):Caríssimos:
A minha lista promete tudo - rigorosamente tudo! E ainda distribuímos frigoríficos, espremedores de citrinos e pequenos fornos micro-ondas para quem provar ter votado A, E, N ou I!
Agora a sério: essa é uma questão central nestas eleições.
A minha lista está profundamente empenhada em rever e melhorar o sistema, sobre o qual subscrevo inteiramente as palavras do nosso colega: o que existe actualmente é uma perfeita imbecilidade feita para enriquecer meia dúzia de chicos-espertos.
No entanto não há ainda um modelo definido para o modo como este processo vai decorrer: há pelo menos o consenso de acabar com um sistema em que é possível renovar a carteira após assistir a 15 formações sobre diarreia ou a 7 apresentações do "kit recursos humanos" da ANF... (estes são exemplos reais...).
As ideias que estão em cima da mesa passam por uma maior participação das faculdades no processo (mesmo que a formação seja dada por pessoas de fora das faculdades), pela certificação de entidades formadoras (a associação dos amigos do carocho deixará de poder organizar umas palestras em que a malta vai ouvir falar do melhor mês para reproduzir os ditos em troca de 0,4 CDPs) e pela criação de um sistema que acabe com a formação a preços milionários, tanto mais cara quantos mais créditos der.
Embora pessoalmente eu também preferisse não ter que renovar a carteira, a verdade é que temos que perceber a importância estratégica deste sistema: é isto que nos separa dos técnicos de farmácia com a quarta classe e do pessoal dos cursos politécnicos de Farmácia, que mais cedo ou mais tarde vão tentar (aliás, já o estão a fazer) ter o mesmo estatuto que nós. Ou seja, se queremos comer a carne (leia-se ter ordenados de indivíduos altamente qualificados e capazes), temos também que comer os ossos (fazer a renovação).
A outra lista propõe acabar com o sistema (embora alguns dos seus elementos tenham participado na sua criação), uma vez que não tem a nossa capacidade financeira para distribuir pequenos electrodomésticos pelos farmacêuticos e se não o fizesse não teria nada para oferecer... esta é uma medida populista e que dará muito jeito às senhoras de 65 anos cujo saber de experiência feito será valorizado pelo carimbo automático da pseudo-renovação. No entanto, é também uma proposta profundamente irresponsável, que a médio prazo teria custos altíssimos (e estou mesmo a falar de dinheiro) para todos os farmacêuticos.
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